Além das tradicionais disciplinas como Matemática, Língua Portuguesa, História e Geografia, escolas estão cada vez mais empenhadas em trabalhar também a inteligência emocional dos alunos dentro da sala de aula.

Na opinião de especialistas, o desenvolvimento das habilidades socioemocionais é tão ou mais importante para a formação dos alunos. Se não forem trabalhadas da maneira correta, acabam interferindo ou até mesmo prejudicando o aprendizado cognitivo.

A especialista em educação, Carmem Sílvia Carvalho, em entrevista ao programa Cidadania em Destaque, falou sobre a importância de se trabalhar a educação emocional dos alunos em sala, e frisa que o mesmo deve ser executado desde a fase de socialização, quando ainda pequenos.

“Inteligência emocional é a habilidade de nós convivermos, tomarmos consciência e sabermos educar as nossas emoções, e aprender a fazer a gestão do processo da nossa emoção na relação com o outro. O importante da gente entender é que ela tem sempre estes dois lados: eu comigo e eu com o outro. Daí a necessidade de nós trabalharmos, cada vez mais, desde a infância, essas competências que nos oportunizam relacionamentos mais saudáveis conosco e com o outro”, afirma.

A educação emocional pode ajudar inclusive a evitar doenças futuras, comuns na idade adulta, como aquela conhecida como “mal do século”, a depressão. “O que nós precisamos compreender é que a emoção se dá a partir da materialização de um estímulo que foi gerado, que aciona neurotransmissores que vão atuar nas nossas sinapses, que são as produções neuronais para a aprendizagem. Sem que haja uma sinapse de qualidade, não haverá uma aprendizagem significativa”, explica.

Ouça a entrevista na íntegra {mp3}Podcasts/2017/marco/08/carmemsilva{/mp3}