O deputado federal Elias Vaz (PSB) afirmou em entrevista à Sagres que o PSB deve conversar com qualquer força política, inclusive o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, sobre parcerias para as eleições de 2022, desde que não apoie a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

“Agora, o que a gente espera é uma articulação de centro-esquerda para o Estado. Até porque, o Ronaldo Caiado já ocupa uma posição à direita. Embora eu não sei se ele vai ficar na ultradireita, que é uma definição dele com Bolsonaro”, declarou o deputado que contou que já tem conversas marcadas com partidos como o PT e o PDT, além de querer falar com o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.

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Embora o político tente montar uma força de centro-esquerda, o principal foco é combater o bolsonarismo. “A gente discute um projeto político que está dentro de uma visão civilizada. A relação que o Bolsonaro tem com a ciência, o negacionismo, o método de fakenews, um negócio absurdo, não dá para compactuar com isso, dizer que ditadura é certo. Nós temos que saber diferenciar isso hoje”.

Vacina da Covaxin

A CPI da Covid ouviu na última sexta-feira (25), os irmãos deputado Luís Miranda e o servidor público do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, sobre suspeitas quanto à aquisição de vacinas da Covaxin pelo Brasil. O deputado Elias Vaz declarou que está indignado com o que está sendo revelado, diante, também da postura “negacionista” do presidente.

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“Depois de todo esse comportamento que com certeza é responsável por boa parte das mais de 500 mil mortes no nosso país, nós ainda temos a questão da corrupção da vacina. Um absurdo, nós estamos falando de vida, estamos falando de uma ferramenta fundamental para enfrentar essa pandemia e a gente vê o que é pior, dizendo que o governo Bolsonaro é avisado e não toma nenhuma providência”.

Apesar das revelações, Elias afirmou que não há como ter certeza de que um processo de impeachment será aberto. “A essência dessa denúncia, é também contra o centrão, que é o que o Arthur Lira, presidente da Câmara, representa”.

Uma das críticas do deputado, foi direcionada para o regimento do Congresso, em que, mesmo havendo o pedido de outros parlamentares para uma abertura do impeachment, apenas o presidente da Casa decide se inicia ou não o processo. “Já é de conhecimento público que temos mais de 100 pedidos de impeachment contra o presidente da República […] Acho que só uma pressão muito grande da sociedade para forçar o presidente Arthur lira para colocar o impeachment para andar, porque a situação do país é grave, quase insustentável”.