A Campanha Nacional em Defesa do Cerrado acaba de lançar o livro “Saberes dos Povos do Cerrado e Biodiversidade“. A obra é um compilado de artigos publicados a partir de encontros virtuais promovidos pela ação durante a pandemia, como explica em entrevista ao Sagres em Tom Maior desta quinta-feira (10) a articuladora da Comissão Pastoral Terra do Cerrado, Valéria Santos.

“Nesse período de pandemia, com o isolamento e distanciamento social, ficou difícil ter os encontros, as oficinas, as rodas de conversa. E para manter esse diálogo, esse pé no chão da própria campanha junto às comunidades, foi realizada uma série de bate-papos com os povos do Cerrado, trazendo diversas temáticas que fazem parte do dia a dia, da luta e da caminhada desses povos. Então o livro é resultado dessa série de bate-papos, desses depoimentos dos povos do Cerrado que vem desde as mulheres quebradoras do coco babaçu, dos geraizeiros, dos pescadores e também dos povos indígenas e quilombolas. O livro vai trazer toda essa memória, as falas desses povos durante esse período”, relata.

Também no STM #160, a assessora da Organização Não Governamental (ONG) Actionaid, Helena Lopes, afirma que o livro é uma homenagem aos povos do Cerrado, e que a obra valoriza os trabalhos de preservação do bioma realizado por essas comunidades.

“Essa diversidade de nomes dos povos e comunidades na verdade diz respeito às muitas conexões estabelecidas entre os povos e os multicerrados. Os Cerrados das chapadas, dos vales, das beiras dos rios, das veredas. O livro fala especialmente sobre vida, sobre como esses povos e comunidades têm constituído por gerações práticas de convivência com o Cerrado, ou seja, práticas que tratam da conservação da biodiversidade que existe nessa região”, afirma.

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Assista à entrevista a seguir no STM #160