Chefe é aquele que te cobra, te elogia e mesmo quando você consegue um bom resultado, ainda aponta erros e melhorias a se fazer na próxima. Esse é o jeito de Enderson Moreira, que gostou muito da vitória por 2 a 0 para cima da Ponte Preta, mas não aprovou nem um pouco a atuação esmeraldina no 2º tempo. De qualquer forma, o treinador reconhece que o desgaste tem sido muito grande e uma queda no rendimento seria considerado normal.
“Cada jogo tem sua história, hoje chegamos ao resultado no primeiro tempo e depois a equipe administrou, e fez de uma maneira que eu não gosto. A gente vai tratar isso de forma interna e buscar uma melhora de forma geral. O mais importante hoje era o resultado, buscar esses três pontos e se aproximar ainda mais dos times da frente. Estamos mais perto de, quem sabe, conseguir uma vaga na Libertadores”.
Todos no clube esperavam um público razoável para o duelo contra a Ponte Preta, principalmente pela chance do Goiás entrar no G-4. Entretanto, pouco mais de sete mil presentes estiveram presentes no Serra Dourada, número baixo, mas que Enderson Moreira preferiu não criticar. O treinador preferiu ressaltar a postura dos que compareceram ao Serra Dourada, mas destacou que a equipe precisa de casa cheia no domingo, contra o Inter, para dar outro passo importante.
“Eu não posso falar muito, eu tenho dois anos de Goiás, que é um clube de tem 70 anos. Eu não sei o que mais poderia incentivar os torcedores, mas faço questão de ressaltar cada um dos que vieram, e se tivesse apenas 100 pessoas, a gente ia jogar da mesma forma. O torcedor empurra muito, os jogadores sentem esse carinho e esse incentivo, assim como eles incentivaram hoje, mesmo com todo o desgaste. A gente precisa muito desse apoio e tenho certeza que no domingo contra o Inter vamos ter um Serra Dourada cheio”.
Antes da partida, o presidente João Bosco Luz chegou a declarar que o elenco do Goiás tinha capacidade de chegar ao vice-campeonato nacional, o que seria a melhor campanha do clube na história. Enderson fez coro ao presidente, mas preferiu ir com calma e tratou de explicar que, primeiro, é preciso se estabelecer no G-4.
“A gente está nessa briga e está próximo. O Atlético-PR tem uma vantagem considerável de cinco pontos, que pode cair rodada a rodada, mas temos uma possibilidade e assim, nós vamos brigar. Temos condições e vamos tentar, primeiro, ficar entre os três para depois tentar ficar em segundo”.
