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Rubens Salomão

Enel analisa prováveis propostas de Equatorial e Energisa para Celg-D, segundo banco

Ainda sem divulgar qualquer proposta oficial recebida na última semana, a Enel segue em análise para possível venda da distribuidora de energia Celg-D, avaliada pela própria empresa em R$ 10 bilhões, e as empresas brasileiras Equatorial e Energisa seriam as interessadas mais mais prováveis, segundo aponta relatório divulgado ontem pelo Bank of America (BofA), em relatório. O documento considera o histórico de consolidação das duas companhias, que adquiriram recentemente ativos de distribuição.

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Os analistas do BofA relatam que, nos últimos dez anos, a Energisa comprou seis distribuidoras, enquanto a Equatorial adquiriu outras quatro. Nenhuma oferta oficial foi divulgada depois do recebimento agendado pela Enel para a última semana, mas o relatório estima fatores relevantes para a eventual transação. Segundo apuração dos economistas do banco, a Celg-D tem R$ 7,5 milhões em base de ativos regulatórios (RAB) e 10,3% de taxa interna de retorno (TIR) real.

De forma resumida, os dois indicadores citados mostram o saldo entre investimentos realizados pela concessionária italiana nos últimos quatro anos, assim como a projeção sobre o fluxo de caixa da Celg-D. Para os analistas, Energisa e Equatorial devem propor a redução nas perdas de energia e das despesas operacionais, para viabilizar o negócio. Por outro lado, o mesmo relatório indica riscos associados à distribuidora goiana, principalmente o passivo de R$ 5 bilhões extrapatrimoniais, relacionados a litígios cíveis e trabalhistas.

Foto: Presidente da Enel Goiás, José Nunes, em inauguração de subestação no estado. (C´redito: Divulgação)

Base municipal

Prefeitos de Anápolis, Goiânia e de outros 31 municípios da Região Central do estado reafirmaram ontem o apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado (UB). O manifesto foi apresentado presencialmente em reunião na sede do diretório estadual do União Brasil.

Administrativo

As cidades administradas por esses prefeitos abrigam metade do eleitorado goiano. Os prefeitos apontaram que a relação do governo com as prefeituras tem sido pautada pelo “respeito” e “republicanismo”.

Balanço

O governador agradeceu o apoio e retomou discurso eleitoral sobre a gestão. “Não tínhamos como quitar salários, muito menos condições de enfrentar a pandemia e avançar na saúde e na infraestrutura. Creio que muitos aqui reconhecem que viramos a página em termos de gestão, com respeito ao dinheiro público. Não governei nenhum minuto que não fosse em parceria”, discursou Caiado.

Foto: Denise Xavier/Alego

À derrubada

A Assembleia Legislativa recebeu, antes do recesso parlamentar, veto do governador a projeto de lei que prevê instalação de câmeras de monitoramento por vídeo em corredores, salas de atendimento de urgência e UTIs de hospitais públicos e privados em todo o Estado.

Comoção

O autor do texto, deputado estadual Cairo Salim (PSD), trabalha pela derrubada do veto, principalmente diante da comoção gerada pela divulgação de vídeo e prisão em flagrante do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, pelo estupro de uma paciente durante uma cesárea no Hospital da Mulher em São João do Meriti (RJ).

Origem

O veto só entra em votação em agosto, na retomada dos trabalhos. O projeto foi apresentado logo após a trágica morte de Susy Nogueira, jovem de 21 anos que morreu em maio de 2019, após ser estuprada em um leito de UTI no Hospital Goiânia Leste.

Foto: Cachoeira no Parque Nacional Chapada dos Veadeiros, em Goiás. (Crédito: Divulgação)

Avanço nacional…

As atividades turísticas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiram 2,6% de abril para maio e registraram o terceiro resultado positivo consecutivo. A alta acumulada, na média nacional, é de 11,7%, segundo Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

… queda local

As maiores altas no turismo foram registradas em São Paulo (2,5%), seguido por Rio Grande do Sul (3,9%), Bahia (1,5%) e Ceará (2,3%), em maio ante abril. Em contrapartida, Goiás teve a maior queda no setor, com redução de -9,6%. Outros estados com números negativos são Santa Catarina (-4,8%), Paraná (-4,4%) e Rio de Janeiro (-2,8%).

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