JULIA CHAIB E RENATO MACHADO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-chanceler Ernesto Araújo afirmou nesta terça-feira (18) à CPI da Covid que não encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) carta na qual a Pfizer oferecia negociação sobre vacinas porque presumiu que ela já havia sido entregue ao mandatário.

A farmacêutica enviou documento ao presidente da República com cópia para a Embaixada do Brasil em Washington, que a encaminhou a Ernesto.

Após ser questionado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o ex-ministro das Relações Exteriores disse que não mandou o texto a Bolsonaro porque ele já estava copiado como o destinatário da carta.

“Presumia que o presidente da República já soubesse”, afirmou o ex-chanceler.

SUSPENSÃO

A sessão da CPI chegou a ser suspenda no início da tarde por causa de discussão entre os senadores.
A discussão começou após Otto Alencar (PSD-BA) questionar informação de Eduardo Girão (Podemos-CE), sobre o Brasil ser o quarto país que mais vacinou no mundo. O senador baiano argumentava que se deveria considerar a primeira e a segunda dose e não apenas a primeira.

Otto Alencar também afirmou que quem receita hidroxicloroquina é “charlatão”, resultando na reação de Girão, que havia defendido o medicamento anteriormente. Girão então afirmou que as investigações da CPI vão chegar ao consórcio do Nordeste e à Bahia, sugerindo que Alencar queria proteger seu aliado político estadual.

Alguns minutos depois da suspensão, a sessão foi retomada.