Duas escolas brasileiras da rede pública de ensino venceram, pela primeira vez, o Prêmio Melhores Escolas do Mundo 2023 (World’s Best School Prizes 2023). Uma fica no Ceará e outra em Minas Gerais. As premiações são de iniciativa da plataforma britânica T4 Education, Fundação Lemann, Accenture, American Express e Yayasan Hasanah.
Uma das premiadas é a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Joaquim Bastos Gonçalves. A unidade de ensino fica em Carnaubal, no noroeste cearense. A escola venceu na categoria “Apoiando Vidas Saudáveis”, que proporciona uma ‘tábua de salvação’ aos alunos que lutam para se reintegrar à sociedade desde a pandemia de Covid-19. Além disso, a unidade também criou uma cultura de apoio e empatia em toda a comunidade escolar.
A escola cearense possui o projeto “Adote um Estudante“. Com uma queda de 67% em apenas 18 meses no número de alunos que necessitam de apoio social e emocional, a iniciativa não só melhorou a vida dos estudantes, como também aumentou a sensibilização para a importância da saúde mental na comunidade escolar e além dela.
Capital mineira
A outra escola brasileira reconhecida pela premiação internacional é a Escola Municipal Professor Edson Pisani, de Belo Horizonte-MG. A unidade de ensino, contudo, venceu o prêmio “Escolha da Comunidade”. A escola obteve o maior número de votos entre todas as finalistas do Prêmio Melhores Escolas do Mundo em uma votação pública.
Agora, ela integrará o novo programa Melhor Escola para Trabalhar da T4 Education, um mecanismo independente e baseado em evidências para certificar escolas por sua cultura e ajudá-las a transformar seu ambiente de trabalho para atrair e reter os melhores professores. A unidade de ensino foi reconhecida pelo projeto “+ Favela – Lixo” (Mais favela, menos lixo), que disputou o prêmio com outras 15 escolas de todo o mundo.
Prêmio em dinheiro
Cada uma das escolas premiadas receberá o valor de US$ 50.000 (50 mil dólares). Na cotação atual, aproximadamente R$ 244.000,00. À Revista Educação, a EEMTI Joaquim Bastos Gonçalves informou que pretende usar os fundos do prêmio para expandir o seu projeto. Além disso, utilizará o recurso para prestar mais apoio aos que lutam com problemas de saúde mental.
Outras quatro escolas também receberam o prêmio nesta edição. Uma é da Índia, outra da África do Sul, de Israel e da Colômbia.
A premiação do ano que vem já está com inscrições abertas. As escolas interessadas podem se inscrever até às 20h59, pelo horário de Brasília de 23 de fevereiro de 2024, clicando aqui.
*Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade.
Leia mais
Apesar de avanços, definição do piso nacional dos professores 2024 segue travada
Programa de Aprendizagem na Bahia promove a inserção de jovens da EJA no mercado de trabalho
Agência reguladora: MEC quer criar instituição para fiscalizar modalidade EAD
