Os estudantes da Escola do Futuro José Luiz Bittencourt retornaram do Rio de Janeiro classificados para a próxima edição do torneio internacional de robótica que participaram de forma amistosa. O protótipo do robô que eles criaram com materiais reciclados foi avaliado e considerado capaz de participar da edição oficial de 2023.

Confira em vídeo a reportagem de Rodrigo Melo:

“A experiência foi muito intensa e diferente. A gente estava ali para mostrar o que a gente tinha feito e também para aprender tudo. A gente aprendeu com os juízes, com os técnicos, com as outras equipes e a gente pegou ali um modelo do que a gente quer ser” contou a estudante Isabelly Cristtiny Elias.

O desafio dos goianos não foi fácil. Juntamente com eles, quase 90 equipes nacionais e 38 times de outros países participaram do torneio. E o Under Pressure, nome da equipe, era o único time formado por alunos de uma instituição pública de ensino.

A estudante Gabriela Agnes Alves disse que todos gostaram da proposta lançada pelo professor e correram para construir o robô e participar do torneio. “O professor lançou o desafio e resolvemos aceitar e participar. Aí na correria e através de pessoas conseguimos efetuar o trabalho e fazer a demonstração no Rio de Janeiro”, destacou.

Foi o professor de robótica Jefferson Lorençoni de Moraes que lançou o desafio de construir o robô. Ele destacou a coragem e a vontade dos estudantes diante do projeto. “Hora nenhuma se amedrontaram, eles continuaram firmes, desenhando, testando, montando, desmontando, fazendo vários testes até chegar a essa conclusão”, disse. 

Moraes ressaltou a importância da participação dos alunos da Escola do Futuro José Luiz Bittencourt no torneio internacional. “A escola do Futuro de Goiás é a primeira escola a nível de Brasil, pública, a estar participando de um evento internacional que é voltado para a engenharia. Isso estimulou os alunos a estarem dando continuidade e estar crescendo para os próximos desafios”, afirmou.

Robô sustentável

A Under Pressure ou Sob Pressão como é chamada, é uma equipe composta por oito alunos e um professor. Para competir no Rio de Janeiro eles tiveram que construir um robô capaz de arremessar uma bola em alvos específicos em 40 dias. Os estudantes construíram o robô a base de material reciclável, e enquanto os robôs da competição custavam em média R$ 50 mil, o dos goianos custou apenas R$ 1 mil.

“Os robôs industriais são feitos de alumínio, então a gente usou um portal de janela que a gente comprou num ferro velho, tem também as correias que foram tiradas de tanquinhos. Esse robô é totalmente reutilizado, tudo num material reciclável mesmo, em tudo que a gente usou”, explicou a estudante Grazielli Alins.

O estudante Eduardo de Oliveira Xavier disse que a equipe enfrentou dificuldades no Rio de Janeiro e destacou que o robô vai receber melhorias para enfrentar o torneio que vem pela frente. 

“Lá na competição tivemos que desmontar e montar a caixa de engrenagem para fazer alguns testes e ajustes. Tivemos alguns problemas técnicos com algumas peças que se soltaram, mas já corremos atrás, mandamos fabricar outras peças, substituímos elas, já fizemos ajustes técnicos na mecânica e na parte de programação e deu tudo certo”, pontuou.

Leia mais: