Começa nesta quinta-feira (17) e vai até sábado (20) a 20ª edição da Agro Centro-Oeste Familiar (Acof). O evento acontece no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, localizado no Câmpus Samambaia, da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia.

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O público-alvo da Agro Centro-Oeste Familiar são estudantes de todas as fases do ensino, profissionais de diversas áreas, pesquisadores, agricultores familiares, extensionistas e o público em geral.

Entre as atividades desenvolvidas simultaneamente estão a feira da agricultura familiar e da economia solidária. Além disso, há cursos, minicursos, palestras, dias de campo, workshops, seminário científico, exposição de tecnologias, cozinha camponesa, fazendinha agroecológica e atividades culturais.

Ademais, a epectativa da Agro Centro-Oeste Familiar é que aproximadamente 8 mil pessoas passem pelo local durante os quatro dias de evento.

Pós-pandemia

Esta é a maior edição da história do evento e a primeira após o fim da emergência da pandemia de covid-19. Além disso, a Agro Centro-Oeste Familiar tem realização da UFG, por meio do Programa de Pós-Graduação em Agronegócio da Escola de Agronomia da UFG (PPGAgro UFG).

Ademais, a Agro Centro-Oeste Familiar tem como correalizadores o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Secretaria de Estado da Retomada (SER), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Centro Universitário de Mineiros (Unifimes) e Instituto Federal Goiano (IF Goiano).

Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, “nosso trabalho é levar comida farta e de qualidade para a mesa das famílias brasileiras”. O titular da Pasta acrescenta, porém, que a “grande aliada do Brasil neste desafio é a agricultura familiar, mas precisamos unir esforços para soluções que garantam a nossa soberania alimentar com as universidades, empresas públicas, movimentos sociais e sociedade em geral. E neste sentido, feiras, como a Agro Centro-Oeste Familiar, que une incentivo à comercialização dos produtos da agricultura familiar com disseminação de conhecimento, são fundamentais”.

Agricultura familiar

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, destaca que voltar a sediar um evento que nasceu dentro da UFG. Agora a Agro Centro-Oeste Familiar chega à sua 20ª edição, maior e mais relevante. Ainda conforme Angelita, o evento representa a prova de que a universidade acerta ao realizar um trabalho contínuo de aproximação e diálogo com a sociedade em todos os segmentos.

“Com a Agro Centro-Oeste Familiar 2023 queremos mostrar aos goianos e aos brasileiros em geral que a agricultura brasileira vai além do que é feito nas grandes propriedades. É preciso reconhecer que há uma expressiva contribuição da agricultura familiar em tudo isso. É muito importante que a UFG possa ser esse ponto de convergência para a discussão de políticas públicas voltadas à agricultura familiar, metodologias de cultivo e de preparo de alimentos, compartilhamento de experiências, capacitações e reflexões sobre a realidade do campo. Queremos que esta iniciativa que começou em 2003 continue pelos próximos anos e permita mostrar o valor estratégico da agricultura familiar para a nossa região e a pavimentar o caminho para o aumento de propriedades da agricultura familiar chefiadas por mulheres”, afirma Angelita.

Goiás

Já o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro Leonardo Rezende, ressalta que mais de 63% dos estabelecimentos rurais em Goiás se enquadram como agricultura familiar. Os números, entretanto, são do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2017),

“Os produtores são fundamentais para a nossa economia. Eles respondem por um terço do PIB [Produto Interno Bruto] agropecuário estadual e produzem mais de 70% dos itens que compõem a cesta básica. Ou seja, colocam alimento na mesa efetivamente, garantindo o abastecimento das cidades. O governador Ronaldo Caiado sempre colocou como meta principal cuidar dos goianos, e os nossos agricultores familiares merecem uma atenção especial. Várias políticas estaduais têm sido direcionadas para os agricultores familiares e os pequenos produtores em geral. São exemplos os programas de regularização fundiária e de Fruticultura Irrigada no Vão do Paranã, além do Goiás Social e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)”, diz o secretário.

Do campo à mesa

O superintendente do Incra Goiás, Elias D’Angelo Borges, reitera que a agricultura familiar é responsável pelo alimento que chega à mesa do brasileiro. Ele pontua ainda que a produção familiar local é a que está mais próxima do cidadão. Além disso, trata-se de uma cadeia produtiva preocupada em fornecer alimento limpo, sem agrotóxicos.

“Então, para nós, que somos agentes responsáveis pelas políticas de reforma agrária e regularização quilombola, a Agro Centro-Oeste Familiar funciona como uma vitrine. Quando a gente traz um assentado, um quilombola para uma feira como esta e ele mesmo comercializa sua produção, está, de fato, aproximando a realidade das áreas de reforma agrária e remanescentes de quilombo da população em geral. Além de ampliar a rede de contatos do produtor e aprimorar conhecimento em vários temas da agropecuária, visto que a feira também é um espaço de troca de experiências, atualização sobre novas tecnologias e aprendizado”, conclui.

Feira Agro Centro-Oeste Familiar 2023

Data: de 17 a 20 de maio de 2023

Horário: das 8h às 18h

Local: Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal – Câmpus Samambaia UFG

Endereço: Av. Esperança, s/n – Vila Itatiaia, Goiânia – GO, CEP: 74.690-612

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