As sequelas econômicas da pandemia de covid-19, intensificadas pela crise humanitária causada pela Guerra na Ucrânia, mantêm o desemprego como um dos principais desafios dos países europeus para os próximos anos – principalmente entre os jovens, de 16 a 24 anos.

Enquanto o índice de desempregados está em 6,6%, na média entre todos os países de Bloco Europeu, o número entre os jovens chega a quase 14% sem emprego. Em alguns países, a situação chegou a ser mais preocupante. Na Espanha, até o mês de março, o índice de desemprego era de 13%, entre toda a população economicamente ativa, mas o número chegou a 28,9% entre os jovens.

Assista a matéria completa:

A Vice-Diretora Geral de Políticas Ativas de Emprego da Catalunha, Susana Díaz Martínez, aponta que os impactos da pandemia ainda são medidos para a educação de jovens e, consequentemente, a inserção deles no mercado de trabalho.

“Especialmente, a pandemia teve muito impacto para os jovens porque eles ocupavam postos de trabalho mais simples e com menos estabilidade. As medidas tomadas na Europa e na Espanha tentavam cobrir a parada obrigatória, mas isso só ocorria com os cargos permanentes. A grande maioria dos jovens estavam em trabalhos por contrato temporários e ficaram desempregados”, explica a vice-diretora.

Susana Díaz participou de comitiva europeia que visitou experiências brasileiras em educação e inserção laboral de jovens no mercado de trabalho. Segundo ela, trabalhos como o realizado pela Demà Jovem representam o caminho para superar o desemprego na Europa.

“Não pode ser. É a solução. Os direitos são a única solução de verdade, factível. Nós, por exemplo, analisamos os dados educativos. À medida em que diminuímos as diferenças de níveis de educação, aumentamos as oportunidades de forma exponencial. E nós dividimos a população juvenil, como comentei antes, com o foco para jovens entre 16 e 29 anos, que a é população juvenil”.

Leia também: