Cada vez mais as cidades sofrem às consequências dos desequilíbrios ambientais. Em Anápolis, uma solução simples desenvolvida por uma jovem engenheira minimizou dois problemas crônicos na cidade: alagamentos causados pela água da chuva e falta dela nas torneiras.

Formado somente por espécies do Cerrado, o jardim chama atenção de quem passa pela praça Dom Emanuel. O propósito vai além da contemplação. O jardim de chuva, uma solução barata que absorve a água da chuva, que antes alagava as ruas em volta da praça.

A responsável pela construção é a engenheira Nayara Ramos. Ela explica que a ideia da criação do jardim se deu a partir de um problema causado pela chuva. Segundo ela, além da escoagem, outra preocupação foi a poluição do solo.

“Com a criação do jardim conseguimos captar a água da chuva que alagava a praça. Com isso, a maior preocupação era não contaminar o solo do com as impurezas trazidas pela água. Então, criamos uma manta de proteção feita de pedras que funciona como um filtro, impedindo a contaminação,” explica a engenheira.

Falta de água

Além de reduzir os alagamentos, o jardim de chuva também ajudou na solução de outra demanda da cidade: a falta de água constante. Daí surgiu a ideia de levar o jardim de chuva também para zona rural. Nayara explica que a iniciativa ajudou na preservação do ribeirão que abastece a cidade.

“Levamos essa ideia para locais próximos ao ribeirão Piancó. Com a captação da água da chuva sendo direcionada para o ribeirão, este ano já tivemos uma resposta muito boa. Já percebemos a diminuição a falta de água na cidade”, disse Nayara.

Jovem aprendiz

A carreira de Nayara começou a ser trilhada durante o Programa de Aprendizagem, na Renapsi. Foram mais de dois anos aprendendo diversos conteúdos e as experiências que ela teve foram como um farol, que a orientaram para novas possibilidades.

“Foi um divisor de águas para mim, não só profissionalmente, mas também emocionalmente. Lembro até hoje do meu primeiro salário, dinheiro que sabia para onde ia. Além de aprender, tive um suporte emocional muito grande. De lá, fiz vários amigos, criei vínculos, me sentia pertencente a um grupo, o que é muito importante para o ser humano”, lembrou a ex-jovem aprendiz.

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