Com a experiência de quem disputou duas Copas do Mundo, conquistou a Itália nos tempos de Roma e foi membro da inesquecível seleção de 1982, Paulo Roberto Falcão foi o entrevistado desta quinta-feira do A Caminho da Copa, da Sagres 730. Atualmente como treinador, Falcão declarou que se sente campeão, apesar da derrota para a Itália em 1982, e criticou Neymar pelas polêmicas recentes no PSG.

(Foto: Luis Moura / Gazeta Press)

Falcão considera Neymar um craque, mas que o extracampo o tem prejudicado na caminhada para ser o melhor jogador do mundo da atualidade.

“O Neymar precisa se cuidar um pouco, evitar essas polêmicas. Ele é extraordinário, mas tem de tomar cuidado. É ruim ficar conhecido como polêmico. Não é bom. A gente sempre brincava como o “guri Neymar”, com aquele sorriso, simpatia. Mas ele tem entrado em polêmicas que não o ajuda. Digo porque ele tem um talento absurdo, gosto demais. Mas ele precisa retomar a carreira e fugir dessas polêmicas.

Antes de sofrer uma fissura no quinto metatarso, lesão que o deixará fora de ação até meados de maio, no mínimo, Neymar teve atritos com o atacante uruguaio Edinson Cavani e com o técnico Unay Emery. Agora, a polêmica está em torno de uma possível saída do PSG para o Real Madrid ou até mesmo um retorno para Barcelona.

Para Falcão, além de Neymar, os amigos e familiares também precisam ter nova postura. “As pessoas que estão próximas precisam cuidar dele, ter um cuidado para conversar e orientar para ele poder estar 100% na seleção”, completou.

“Não perdemos”

Sobre 1982, Falcão fala com saudosismo. Além de ter escrito o livro “Brasil: o time que perdeu a Copa e conquistou o mundo”, o ex-jogador também faz palestras pelo país sobre o impacto da seleção.

“Na verdade a gente não perdeu. Ter um time reconhecido, falado até hoje, isso não é derrota. Não perdemos. O troféu da lembrança, de ser uma seleção referência para (Johann) Cruyff e (Pep) Guardiola. Isso é um grande feito”, apontou.

“Mais importante é jogar bem, construir um time. O resultado depois fica mais fácil. O Guardiola disse que foi o melhor time que ele viu jogar e fala que as pessoas se enganam quando acham que ganhar é levantar troféu. Ganhar é mais que isso, é entrar na história por ter jogador bem. É como um livro do passado. Tem muito vencedor que só entra na história das estatísticas. Já as grandes seleções são como livros. Só entra na história quem joga bem”, definiu.

Ficha Técnica

Paulo Roberto Falcão
Data de Nascimento: 16/10/1953

Pela seleção:

Jogos: 28
Gols: 6
Copas do Mundo: 1982 (segunda fase) e 1986 (quartas de final).
Estatísticas: @MineiroGiant

Ouça a entrevista na íntegra

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