O presidente das Obras Sociais do Centro Espírita Irmão Áureo (OSCEIA), Jânio Borges. (Foto: Sagres TV)

Há um mês e meio, 33 famílias de venezuelanos chegaram a Goiânia. São cerca de 140 pessoas, 70 delas crianças. Vieram trazidas pelas Obras Sociais do Centro Espírita Irmão Áureo (Osceia). A entidade espírita conseguiu padrinhos que custeiam aluguel, alimentos, água, luz, e outras despesas das famílias.

“Em alguns casos, alguns voluntários se uniram a mais pessoas para bancar as despesas de uma dessas famílias”, conta Jânio Borges, presidente da Osceia. Assim, todas as 33 famílias têm casas, alugadas, para morar. “Elas também têm tutores, que as acompanham bem de perto, para ajudar, em caso de necessidade”, diz Jânio.

A nossa equipe visitou duas casas, no Jardim Nova Esperança, em Goiânia. Na primeira, moram José Miguel, a esposa Débora e a filha de 2 anos. Eles contam que fugindo das dificuldades na Venezuela, moraram por vários meses em Boa Vista, capital de Roraima. “Chegamos a morar na rua”, conta José Miguel.

Agora, a família está satisfeita. Mora numa casa ampla, confortável, toda mobiliada e com bastante alimentos. E o melhor: José Miguel, que é engenheiro eletricista, conseguiu emprego na área. O ano novo, vem com boas novidades. Débora acaba de descobrir que está grávida. “Agora, queremos trazer alguns parentes que continuam na Venezuela, como o pai da Débora, que é muito doente”, conta José Miguel.

Numa outra casa ali perto vivem as irmãs Joan Laiccett e Thanee Bellis, e três crianças. Joan tem um filho e Thanee tem duas filhas. Elas lembram que em Boa Vista chegaram a passar fome, mas agora estão focadas no futuro. “Agora queremos emprego para poder trazer nossa mãe, dois irmãos e meu marido que ainda estão passando muita dificuldade”, diz Joan.

O trabalho da Osceia

Emprego é o sonho da maioria dos venezuelanos. “Dos 70 adultos, 33, graças a Deus, já estão empregados, a maioria homens”, conta Lourivan Macedo, voluntário da Osceia. Ele diz que as mulheres estão esperando os filhos começarem na escola para poderem conseguir emprego. Uma ssistente social da Osceia cuida da matrícula das crianças em Cmeis e escolas públicas.

De segunda a sexta-feira, todas as tardes, os venezuelanos têm aulas de português, o que deve facilitar a entrada no mercado de trabalho. Em janeiro, vão poder participar, também na sede da Oceia, de cursos profissionalizantes de modelagem e costura industrial. 

Para trazer os venezuelanos, a Osceia contou com ajuda de 3 outras entidades espíritas e muitos voluntários. “Esperamos que mais voluntários nos ajudem, pois temos plano de trazer mais venezuelanos que estão em Boa Vista”, diz Lourivan Macedo.

Réveillon juntos

Assim como no Natal, por conta própria, as famílias de venezuelanas devem se reunir numa das casa para celebrar a chegada de 2020. Todas ganharam um chester e vão preparar pratos típicos.

Confira a reportagem de Silas Santos

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