Feira da Marreta: comércio inusitado no imaginário regional

Já passou por um lugar em que é possível achar todo tipo de coisa? Mas, veja, é todo tipo mesmo! Marreta, martelo, macaco, máquina de escrever, materiais de construções, dentadura, privada, roda de carro, fone de ouvido, fitas cassetes, alimentos, etc, etc, etc. Esse lugar existe e fica bem na região central de Goiânia: é a Feira da Marreta. 

A Feira funciona no domingo pela manhã nas imediações do Parque de Exposições Agropecuárias, na Nova Vila. São centenas de barracas e se não tem barraca tem lona no chão, mas o que importa é a venda de produtos. 

Mas a feira nem sempre foi ali, antigamente funcionava na Praça Boaventura, a mudança aconteceu há uns 20 anos. Há duas versões para a origem da Feira da Marreta. A primeira delas é que se trata de uma herança dos nordestinos, de quando eles vieram para trabalhar na construção de Goiânia. 

No início, não era uma feira. As pessoas apenas se reuniam na Praça Boaventura e faziam o que chamavam de troca-troca: não vendiam os itens por dinheiro e sim trocavam objetos usados entre si. A outra versão para a origem da feira tem base na crise vivenciada por funcionários públicos naquela época.

(Foto: Rubens Salomão)

Crise do funcionalismo

Se hoje entrar no serviço público é um sonho para muitos, com salários mais altos e estabilidade, no passado nem sempre foi assim. Os vencimentos não eram tão bons, e além disso era comum o atraso dos pagamentos.

Pra não ficar no aperto e vários meses com os bolsos vazios, funcionários iam à praça para vender objetos de casa que não usavam mais, para obterem algum dinheiro e comprarem o que faltava em casa. Panela velha, ferramentas, roupas usadas eram os objetos mais encontrados na feira. Das ferramentas, o que mais tinha era a marreta, daí teria vindo a origem do nome: “Feira da Marreta”. 

Apesar da grande quantidade de produtos e pessoas circulando, volta e meia há quem se aproveita da variedade para comercializar itens de origem ilícita, o que requer esforço das forças policiais. 

De todo modo, a Feira da Marreta está no imaginário do goianiense, como um ponto de comércio e espaço de socialização. 

Serviço

A Feira da Marreta funciona aos domingos pela manhã nas imediações do Parque de Exposições Agropecuárias de Goiás, no Setor Nova Vila, abaixo da Avenida Independência.

(Foto: Rubens Salomão)

Goiânia 90 lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

(Foto: Rubens Salomão)

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