O Corretor de Imóveis é o profissional responsável por fazer a ponte entre clientes e imobiliárias, intermediando compra, venda locação, permuta e administração de imóveis.

Para atuar legalmente como Corretor de Imóveis é preciso possuir registro profissional junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). Cabe ao Conselho, fiscalizar o exercício profissional dos Corretores e assegurar o respeito aos direitos do consumidor.

Registro Profissional

No Brasil, a profissão foi regulamentada por meio da Lei Federal 6.530, em 1978. Antes da Lei, qualquer pessoa podia exercer livremente a profissão de Corretor de Imóveis, bastando que algum Cliente lhe confiasse a compra, venda ou locação de um Imóvel.

A legislação reorganizou todo o funcionamento dos Conselhos Federal e Regionais ao designar regras para eleições de diretores e definir as atribuições dos órgãos. Segundo o presidente do Creci Goiás, Óscar Hugo Monteiro, atualmente há cerca de 27 mil profissionais registrados no Estado. “Antigamente nós éramos responsáveis por Brasília, Maranhão, Amazonas e Piauí, então todos os Corretores dessas regiões eram registrados aqui. Depois, quando os Conselhos dessas regiões foram criados eles foram transferidos. Mas a numeração não pode parar porque nós não temos autorização para cancelar o registro. Nós temos 27 mil inscrições, mas em atividade mesmo são cerca de 14 mil trabalhadores”.

Apesar de ser uma profissão regulamentada, não é preciso possuir diploma de nível superior para ser Corretor, apenas o nível médio é exigido. Entretanto, para obter o registro junto ao Creci é necessário concluir o curso de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) ou curso superior de Gestão em Negócios Imobiliários.

De acordo com Óscar Hugo Monteiro, a lista de organizações autorizadas a oferecer os cursos está disponível para consulta no site do órgão.  “O curso de TTI está custando cerca de R$ 1200,00. Esse curso técnico tem cerca de 800 horas. Nós temos também o curso superior de Tecnologia em Negócios Imobiliários, não é um bacharelado, mas é uma graduação”, pontua o presidente do Conselho.

Após a conclusão do curso, os interessados devem comparecer à sede do Creci Goiás – na Rua 56, Palácio dos Colibris, N° 390, Jardim Goiás, Goiânia – munidos dos documentos para inscrição. Confira a lista completa dos documentos exigidos pelo órgão clicando neste link.

Mercado

A partir de 2013 o mercado imobiliário passou a dar sinais de desaceleração no país, em virtude da crise econômica, principalmente no que tange à diminuição do número de financiamentos.

Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), em 2015 os financiamentos alcançaram o valor de R$ 75,6 bilhões, uma queda de 33% em relação a 2014. O resultado final é que, em 2015, o preço dos imóveis no Brasil teve queda real, já que sofreu valorização de 1,32%, aumento que ficou abaixo da inflação registrada naquele ano.

Após um 2016 marcado pela contenção de despesas, os especialistas passaram a apostar em uma reação mercadológica em 2017. Em parte a expectativa se deve à redução das taxas de juros e da inflação. O Corretor Imobiliário, Geraldo Junior, garante que em Goiás o mercado reagiu bem à crise. “Antes nós estávamos ansiosos por uma resposta da economia e neste ano nós notamos que o mercado realmente aqueceu”, assinala.

A média salarial de um corretor de imóveis no Brasil é de R$ 2.500,00 mensais. Contudo, o valor dos vencimentos pode variar, já que na maioria dos casos os corretores recebem uma comissão pelo número de vendas realizadas no mês. O percentual da comissão varia conforme a empresa.

Segundo Geraldo Junior, a concorrência entre os profissionais registrados é grande. No entanto, o problema se agravou com o advento das novas tecnologias pois muitas pessoas passaram a trabalhar na informalidade. “Infelizmente com o advento das redes sociais aparecem os curiosos que veem uma oportunidade de entrar no mercado imobiliário. Esse mercado é muito sério, porque nós lidamos com sonhos. Às vezes esses aventureiros oferecem produtos irreais para os consumidores. O Creci está atuando no sentido de combater a informalidade, mas infelizmente ainda existem muitas pessoas mal intencionadas”. 

Ouça a reportagem na íntegra:

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