Felisberto Tavares anunciou na tarde desta terça-feira (23) o seu desligamento da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) de Goiânia.

Em entrevista à repórter Giuliane Alves, da 730, na sede da secretaria, o agora ex-secretário disse que vai se dedicar à área de Segurança Pública, por meio de atuação junto à Polícia Rodoviária Federal (PRF), e que deixa a secretaria em situação melhor do que quando a assumiu em janeiro.

“Poderia fazer mais e melhor (na SMT), mas isso não dependia exclusivamente da gente que estava à frente da pasta. Sou representante sindical, a nossa categoria de Segurança Pública está passando por momento extremamente delicado. Deixo a secretaria um pouco melhor do que quando peguei”, afirma.

O secretário falou ainda sobre a situação financeira da pasta, e disse que conseguiu implementar um plano de ação durante este três meses de administração à frente da SMT que, em março, tinha uma dívida que superava os R$ 15 milhões.

“A secretaria estava desestruturada em todos os aspectos: administrativo, operacional e de logística. Praticamente, inadimplente com tudo como Correios, um convênio extremamente essencial. Nós conseguimos manter o pagamento dos controladores dos semáforos, fizemos algumas intervenções na sinalização em vários pontos da cidade. Do ponto de vista administrativo está organizado”, relata.

Um dos principais pontos da crise na secretaria foi a desativação e retirada de todos os fotossensores das ruas e avenidas da capital. Uma nova licitação foi aberta e aprovada, mas está em investigação na Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Goiânia. Felisberto não soube dizer qual nome assumirá a pasta, mas considera que a sociedade deve respeitar e acatar a nova decisão do prefeito Iris Rezende (PMDB).

“O prefeito deu as condições na proporção que era possível. A gente sempre entendeu que ele pegou a prefeitura em uma situação bastante deteriorada. Dentre todas, a SMT é a que estaria em uma situação pior”, ponderou.