Nesta terça-feira, 15 de março, é comemorado o Dia Mundial do Consumidor. A data foi criada para lembrar sempre dos direitos do consumidor não apenas entre quem consome, mas também para que empresas e lojas lembrem do compromisso de respeitar todas as leis que protegem seus consumidores.

Todo ano, a data recebe um tema diferente para ser debatido. Em 2022, as ”finanças digitais justas para todos” são o foco do Dia Mundial do Consumidor. O objetivo é diminuir os riscos para pessoas mais vulneráveis, principalmente aquelas com dificuldades econômicas.

Em entrevista à Sagres TV, a doutora em Estratégia de Marketing e também professora do Centro Universitário Internacional (Uninter), Shirlei Camargo, avalia o avanço da digitalização dos serviços.

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”Com o avanço da internet e a tecnologia melhorando, a gente começou a fazer essas compras e transações financeiras no mundo digital. Claro que isso trouxe um monte de benefícios, economia de tempo, praticidade”, afirma.

No entanto, a injustiça acontece quando analisa a quantidade de pessoas que, só no Brasil, não têm acesso à internet e, consequentemente, a meios digitais para fazer compras e transações financeiras. ”Aqui no Brasil, segundo o IBGE, cerca de 40 milhões de pessoas não têm acesso à internet. Não têm e-mail, não sabem usar wi-fi, estão marginalizadas quando se pensa na sociedade digital. A gente vive em uma bolha e tem a sensação de que todos têm acesso à internet, e não é bem por aí”, analisa Shirlei Camargo.

Para a doutora em Estratégia de Marketing, a digitalização trouxe com ela o aumento da criminalidade no mundo virtual, por isso é preciso que as pessoas mais vulneráveis redobrem os cuidados. ”Elas só sabem ligar o celular para mandar uma mensagens, mas têm dificuldade de entender o funcionamento, caem em golpes de forma muito fácil e geralmente são pessoas consideradas vulneráveis”, conclui.

Shirlei Camargo no STM #476 com Johann Germano (Foto: Sagres TV)