A deputada federal Flávia Morais (PDT) concedeu nesta quarta-feira (25) uma entrevista exclusiva à Rádio 730, na qual analisou os cenários da votação que definirá se plenário da Câmara Federal dará prosseguimento à denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Temer é acusado de ter cometido os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça. Flávia Morais, que votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, contrariando a decisão do PDT, afirma que a situação de Temer é mais grave se comparada ao impedimento de Dilma. Além disso, ela garante que não restou nenhum tipo de mal-estar com a cúpula pedetista. “Naquele momento nosso voto foi de representação da vontade da maioria dos goianos. O partido fez uma sessão de julgamento do processo de expulsão e no final me deram uma suspensão, entendendo que não cabia uma expulsão. Minha intenção é permanecer no PDT”.

Favorável ao prosseguimento da denúncia contra o presidente, Flávia Morais não negou que seu posicionamento pode ter feito com que ela deixasse de receber verbas extras do governo. Sobre a votação da denúncia, a deputada disse que a estratégia dos opositores à Temer é ‘minar’ o quórum. “Com relação às emendas, na verdade elas são impositivas. Talvez eu tenha deixado de ganhar algum acréscimo que outros estão ganhando. Eu acho que em qualquer momento, se existe uma denúncia, ela tem que ser investigada e acredito que eles (políticos favoráveis ao presidente) não têm 342 deputados que queiram dar quórum”, pondera.

Ouça a entrevista completa:

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