O programa Fraternidade em Ação desta semana repercute os assuntos que remetem à reflexão sobre o mundo, a vida e a paz de espírito.
O dominical vai ao ar às 9h DA MANHÃ, após o Raiz Brasileira com Justino Guedes, e tem a apresentação de Sebastião Ribeiro, Monica Fernanda, Jonathas Procópio, Zé Antônio e William Batista.
Edição e montagem: Roberval Silva ( voluntários).

Um oferecimento do Centro Espírita Caridade O Caminho.

Confira o tema do programa desta semana: Dia dos pais

Agência de Notícias
Espírito Jair Presente

Lição 12

Casimiro era bom pai…
E pai sempre é o companheiro
Que trabalha todo dia
Para cavar o dinheiro.

Para que tanta moeda?
Ouço a pergunta, assim rasa…
Não respondo… Pai é sempre
O grande esteio da casa.

É a compra em supermercado,
Levando o carro de mão,
É a conta da leiteria,
Da luz, do gás e do pão.

É a despesa no colégio
De quatro filhos pequenos,
O preço da condução,
Sempre mais, nunca de menos.

É o pagamento ao dentista,
É a grana da costureira,
O preço das aulas-extras
À criançada matreira.

É a prestação em aumento
Do pequenino lugar
Que lhe conserva a família
Na bênção do próprio lar.

É a cobrança da farmácia
Das encomendas do mês,
O pobre, em sabendo quanto,
Coça a cabeça outra vez…

É a verba particular
Que deve trazer em mão,
Para os frequentes consertos
Da velha televisão.

É o cobre ao cabeleireiro,
A conta do eletricista,
As notas do verdureiro
Com pagamentos à vista…

Casimiro chega em casa,
Cansado, suor na testa…
Trabalhara no domingo
Mas achou o lar em festa.

Encontrou seus velhos pais,
Entre vizinhos em bando,
A esposa, o bolo mais rico
E a meninada cantando…

Sem graça, saudou a todos,
E, ao encostar-se na mesa,
O pobre via a festa,
Meditava na despesa.

Os quatro filhos cantavam:
— “Todo pai tem seu dia,
Viva o papai sempre amigo
E viva a nossa alegria!…

Viva o papai sempre amado
E viva o nosso vovô!…”
Mas a pensar em despesas,
Casimiro desmaiou.

Página aos pais

Família — Autores diversos

Lição 4

Por maiores sejam os compromissos que te prendam a obrigações dilatadas, na esfera dos negócios ou na vida social, consagrarás à família as atenções necessárias.

Lembrar-te-ás de que o lar não é tão somente o refúgio que o arquiteto te planeou, baseando estudos e cálculos nos recursos do solo.

Encontrarás nele o templo de corações, em que as Leis de Deus te situam transitoriamente o Espírito, a fim de que aprendas as ciências da alma no internato doméstico.

“Honrarás teu pai e tua mãe…” proclama a Escritura e daí se subentende que precisamos também dignificar nossos filhos.

Ainda mesmo se eles, depois de adultos, não nos puderem compreender, nada impede venhamos a entendê-los e auxiliá-los, tanto quanto nos seja possível, sem que por isso necessitemos coarctar os planos superiores de serviço que nos alimentem o coração.

Reconhecendo o débito irresgatável para com teus pais, os benfeitores que te entreteceram no mundo a felicidade do berço, darás aos teus filhos, com a luz do exemplo no dever cumprido, a devida oportunidade para a troca de impressões e de experiências.

Se ainda não consegues ofertar-lhes o culto do Evangelho em casa, asserenando-lhes as perguntas e ansiedades com os ensinamentos do Cristo, não te esqueças do encontro sistemático em família, pelo menos semanalmente, a fim de atender-lhes as necessidades da alma.

Detém-te a registrar-lhes as indagações infanto-juvenis, louva-lhes os projetos edificantes e estimula-lhes o ânimo à prática do bem.
Não abandones teus filhos à onda perigosa das paixões insofreadas, sob o pretexto de garantir-lhes personalidade e emancipação.

Ajuda-os e habilita-os espiritualmente para a vida de hoje e de amanhã. Sobretudo, não adies o momento de falar-lhes e de ouvi-los, pois a hora da tormenta de provações, na viagem da Terra, se abate, mais dia menos dia, sobre a fronte de cada um, por teste de resistência moral, na obra de melhoria e resgate, elevação e aprimoramento em que nos achamos empenhados.

Persevera no aviso e na instrução, no carinho e na advertência, enquanto o ensejo te favorece, porquanto muito dificilmente conseguimos escutar-nos uns aos outros por ocasião de tumulto ou tempestade, e ainda porque ensinar equilíbrio, quando o desequilíbrio já se instalou, significa, na maioria das vezes, trabalho fora de tempo ou auxílio tarde demais.

Diálogo paterno

Livro: O Evangelho de Chico Xavier — O próprio (Encarnado)

Lição 77

Ainda mesmo quando o pai não tenha vocação suficiente para conversar em torno dos temas do Nosso Senhor Jesus Cristo, aos quais ele um dia fatalmente se afeiçoará, porque são os temas da verdade, esse pai deve reunir-se com a família, pelo menos semanalmente e conversar com amor; perguntar aos filhos o que sentem e o que pensam da escola; se estão defrontados por algum problema e que problema vem a ser esse; suprimir-lhes a irritação ou o desgosto quando aparecem; sindicar dos filhos a razão de uma nota menos alta no caderno de lições e indagar por que não se desincumbiram das tarefas escolares com a eficiência precisa.

Geralmente, atribuímos às mães a obrigação total de amparar moralmente os filhos, mas urge notar que a cooperação do pai é indispensável, principalmente em matéria de educação, porque a escola não prescinde da paz no lar.

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