Na última quarta-feira (11), os representantes do G20 para a 4ª reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB), reunidos no Rio de Janeiro, aprovaram dez princípios para desenvolver a bioeconomia no mundo. A declaração é um consenso de discussões acerca da transição de matérias-primas de origem fóssil para outras fontes menos poluentes.

A presidência brasileira no G20 celebrou o consenso ao ressaltar a inédita aprovação de uma declaração conjunta acerca do tema da bioeconomia. “A bioeconomia funda-se na ciência mais avançada e no conhecimento tradicional construído ao longo de séculos por povos indígenas e comunidades tradicionais, e representa um caminho promissor para a transição ecológica rumo a uma economia global mais sustentável e inclusiva”, afirmou na nota.

íntegra do documento está disponível e tem o título “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia”. O foco do texto é a cooperação internacional em temas como fome e pobreza, mitigação dos efeitos das mudanças climáticas globais e a promoção de padrões de consumo e produção sustentáveis.

Confira os 10 princípios abaixo:

1 – Integrar e promover o desenvolvimento sustentável em todos os seus aspectos econômicos, sociais e dimensões ambientais, contribuem para erradicar a fome e a pobreza e melhorar a saúde e bem-estar, garantindo ao mesmo tempo a segurança alimentar e nutricional globais.

2 – Ser inclusivo e equitativo, defender os direitos de todas as pessoas, incluindo os Povos Indígenas e membros das comunidades locais, promover a igualdade de género e a participação de todos partes interessadas.

3 – Avançar nos esforços de mitigação e adaptação às alterações climáticas globais, em linha com acordos climáticos multilaterais aplicáveis.

4 – Contribuir para a conservação da biodiversidade, a utilização sustentável dos seus componentes e a partilha justa e equitativa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos e conhecimento tradicional associado, sujeito às leis nacionais e em conformidade com as normas internacionais aplicáveis aos acordos e instrumentos.

5 – Promover padrões de consumo e produção sustentáveis ​​e a eficiência e circularidade utilização de recursos biológicos, promovendo ao mesmo tempo a restauração e regeneração de áreas degradadas e ecossistemas.

6 – Ser desenvolvido através do uso seguro, protegido e responsável da ciência, tecnologia, inovação e conhecimento tradicional, com potenciais benefícios, riscos e impactos avaliados cientificamente.

7 – Beneficiar de quadros políticos robustos e coerentes que promovam o comércio para a bioeconomia produtos e serviços, condições de mercado, modelos de negócios sustentáveis, empregos decentes, valor local criação e participação do sector privado e da sociedade civil.

8 – Utilizar soluções transparentes, comparáveis, mensuráveis, inclusivas, baseadas na ciência e específicas ao contexto, critérios e metodologias para avaliar a sua sustentabilidade ao longo das cadeias de valor.

9 – Ser fomentado pela colaboração e cooperação internacional que aborde questões globais desafios, potencializa forças complementares, inovação e empreendedorismo e promove financiamento, capacitação e partilha de melhores práticas.

10 – Basear-se em abordagens específicas de cada país e ser implementadas de acordo com as prioridades nacionais e circunstâncias regionais e locais.

*Com Agência Brasil

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.

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