Um dos representantes do futebol goiano no Campeonato Brasileiro Série D, o Goianésia Esporte Clube tem seu elenco praticamente montado para disputa. Em entrevista para o comentarista Charlie Pereira, do Sistema Sagres de Comunicação, o presidente do Azulão do Vale, Marco Antônio Maia, confirmou que o técnico Ariel Mamede segue no cargo e que boa parte dos jogadores permanece para o restante de 2021.

“Mantivemos pelo menos 50% do elenco. Pelo menos sete jogadores do time titular foram mantidos. O elenco está praticamente fechado. Ainda falta um ou outro nome que vamos definir. Parte do elenco já se apresenta na próxima segunda – feira (17)”, disse o presidente do Goianésia, que está no Grupo 5 ao lado de Aparecidense, Gama, Jaraguá, Porto Velho, Nova Mutum e União Rondonópolis.

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Sobre as contratações para Série D, Marco Antônio Maia prefere não divulga-las até que se apresentem no clube. A preparação está marcada para começar na próxima segunda-feira (17), sem um destaques do time nas últimas temporadas, o meia Léo Carvalho. “Ele não fica. Acertou com um time de São Paulo (Penapolense)”, lamentou o presidente do Goianésia.

Marco Antônio Maia também foi questionado sobre a possiblidade da volta do torcedor aos estádios com o início da vacinação contra a Covid-19. Para o dirigente, algo deve começar somente com um maior número de pessoas imunizadas. “Vejo futebol com muita segurança. É um local aberto e poderia começar com a liberação de até 20%, porém acho que nos próximos três meses ainda não. Talvez a partir de outubro, quando o Brasil atingir um nível maior de vacinação”, destacou.

Caso Michael

Além da montagem do time para a Série D, o Goianésia também destina atenção para a ação que move contra o Goiás Esporte Clube no caso da venda do atacante Michael. De acordo com Marco Antônio Maia, o clube esmeraldino não cumpriu os contratos sobre o repasse de 500 mil euros quando o atacante foi negociado com o Flamengo no início de 2020.

“Não teve negociação. O Goiás não quis conversar com a gente. Nosso jurídico já acionou a CNRD – Câmara Nacional de Resoluções de Disputas – e acreditamos que será resolvido rapidamente, pois é um questão simples, contratual. Existem três contratos no valor total de 500 mil euros, referentes a venda de 5% dos direitos econômicos. A gente tem certeza que vamos receber com multas e juros do Goiás”, explicou o dirigente, que ainda revelou quanto o Goiás ainda deve para o Goianésia.

“O Goiás chegou a pagar 260 mil euros e os outros 240 mil se recusou a pagar, alegando que tinha um erro no contrato, mas o jurídico dele (Goiás) participou da negociação”.

Mesmo sem o dinheiro da venda de Michael, o Goianésia não parou com a construção do seu centro de treinamentos, embora a falta do recurso tenha impactado na gestão do clube.   

“Impactou muito. Fizemos todo o planejamento pra 2021 contando com esse dinheiro do Michael. Passamos um momento de dificuldades, mas conseguimos nos equilibrar. Quanto ao CT, sem esse dinheiro, não vamos entrega – lo da maneira como a gente queria. Mas logo vamos terminar pra investir nas categorias de base”, concluiu Marco Antônio Maia.