Foto: Reprodução/SagresTV

Quando teve uma forte dor de cabeça, a aposentada Cleusa Fonseca, de 68 anos, conta que decidiu tomar um analgésico oferecido por uma amiga. Passou muito mal. “Fiquei sem ar, meu rosto ficou inchado e com formigação (sic). Achei que fosse morrer”, conta. Felizmente, havia médicos por perto, que a socorreram.

Intoxicação com medicamento é mais comum do que se imagina. Para não correr riscos, o empresário Renato Barbosa diz que raramente compra remédios por conta própria, e que prefere apenas sob orientação médica. “Se eu precisar de um remédio, com certeza eu vou ao médico e faço a consulta para saber qual ele vai receitar”, afirma.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Goiânia é a segunda capital da região Centro-Oeste com mais casos de intoxicação por medicamentos, atrás apenas de Brasília. Aqui, pelo menos 4 pessoas se intoxicam todos os dias por uso incorreto de remédios, sem contar as situações que sequer chegam a ser registradas.

O farmacêutico Deivisson Teixeira, que é vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêutico do Estado de Goiás (Sincofarma-GO), afirma que é preciso ficar atento às informações nas embalagens e na bula, como composição do medicamento, para saber se há alergia a algum deles, e também a quantidade e forma de administração. 

Outro cuidado é observar as tarjas dos remédios, que servem como classificação conforme o risco: preta, vermelha e amarela – para os genéricos. Deivisson diz que é justamente com remédios sem tarja que mais ocorrem intoxicações. Ele conta que alguns clientes compram um antigripal, que já contém em sua fórmula um composto antitérmico. Sem saber disso, e não satisfeitos, acabam levando também levam um outro remédio, justamente um antitérmico. O resultado pode ser intoxicação por excesso.

40% das intoxicações ocorrerem por acidente, então, é preciso tomas precauções, especialmente deixando os remédios longe do alcance de crianças.

O farmacêutico orienta: quem se intoxicar, deve ligar para serviços de socorro, como o Corpo de Bombeiros, pelo fone 193, ou para o Centro de Informações Toxicológicas (CIT), 0800 646-4350, e que funciona 24 horas por dia. A aposentada Cleuza Fonseca diz que aprendeu bastante com a intoxicação que sofreu, e não quer saber nunca mais de se automedicar.

Confira a reportagem de Silas Santos

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