Sou um homem afortunado. E o sentimento que me move é o da gratidão. Gratidão a Deus, à minha família e a Goiânia, que me recebeu menino, vindo da roça, e fez de mim o que sou.

Foi aqui que descobri minha vocação, ingressei nos movimentos estudantis e fui eleito vereador pela Capital aos 23 anos de idade.

Se não fosse Goiânia, Goiás não teria me reconhecido para ser governador e, posteriormente, o Brasil não me veria ministro da Agricultura e da Justiça.

Trabalhar por esta cidade é o que me faz feliz.

Hoje, aos 87 anos, 62 destes dedicados à vida pública, sinto-me realizado ao ver o resultado da nossa gestão à frente do Paço Municipal. Cada inauguração me emociona. Cada entrega de benefícios toca meu coração. Cada gesto de carinho que recebo me faz ter a certeza de que todo esse tempo de dedicação valeu a pena.

Esta última gestão foi de grandes desafios. Encontramos uma situação financeira caótica, com déficit mensal de R$ 31 milhões e uma dívida imediata de R$ 1 bilhão. Os salários dos servidores da Saúde estavam atrasados e a coleta de lixo paralisada há meses. Os buracos tomavam conta das ruas, e os bairros mais novos não tinham asfalto e nem esperança de melhora.

A situação era lastimável, e eu me sentia culpado. Reeleito em 2008, desenvolvia um bom trabalho quando, no segundo ano do mandato, cometi o erro de deixar a gestão municipal para me candidatar ao governo. Perdi a eleição e decidi que encerraria minha carreira política.

Minha decisão estava tomada e me parecia irrevogável. Quando vi a situação em que se encontrava Goiânia, senti que não poderia ficar omisso. Me candidatei com o propósito de consertar, era essa a minha missão e foi o que fiz.

Com uma equipe técnica e dedicada, saneamos as contas e fizemos investimentos da ordem de R$1,5 bilhão na cidade. Construímos viadutos, pontes, escolas, parques. Pavimentamos bairros inteiros, reconstruímos asfalto, requalificamos e construímos novas praças. Com as obras estruturantes, interligamos toda a cidade, beneficiando moradores do centro e da periferia. Modernizamos a gestão, desburocratizamos processos e facilitamos o acesso da população aos serviços oferecidos pela Prefeitura.

Criamos novos leitos de hospital e garantimos atendimento a todos os goianienses durante a pandemia. Pagamos os salários dos servidores rigorosamente em dia. Reformamos e abrimos o Mutirama com gratuidade dos ingressos e criamos novas opções de cultura e lazer pela cidade. Aproximamos a prefeitura das pessoas por meio dos mutirões e frentes de serviço nos bairros.

Não deixaremos um centavo de dívida com quem quer que seja. Pelo contrário, entregaremos a Prefeitura com R$ 250 milhões em caixa e R$ 775 milhões contratados para o pagamento da conclusão das obras que estão em andamento.

Goiânia está pronta para o futuro, para o crescimento. Não há espaço para o retrocesso.

Estamos enfrentando a pandemia de Covid-19 com uma Saúde estruturada e eficiente. Estamos recuperando a economia com o esforço de todos.

Goiânia está linda, moderna e pujante. Minha sensação é de dever cumprido. E o desejo é de um amanhã cada vez melhor.

Que a próxima gestão acompanhe o desenvolvimento da nossa querida cidade, que saiba aproveitar o espírito solidário e participativo da nossa população. Goiânia é uma cidade diferenciada, pelo seu povo, pelo amor que é compartilhado por todos nós.

Goiânia merece o melhor de cada um de nós. Não podemos fazer menos. Agora e sempre.

Iris Rezende encerra neste dia 31 de dezembro de 2020 o seu quarto mandato a frente da prefeitura de Goiânia.