Sagres em OFF
Rubens Salomão

Dissidências reforçam oposição e esquentam disputa à presidência da Câmara Municipal

O envolvimento de atuais vereadores derrotados na eleição de novembro na articulação para a eleição da Mesa Diretora e atendimento deles com cargos e espaços na Câmara Municipal causaram insatisfação de alguns dos eleitos integrantes do grupo dos 22, que, oficialmente, se tornou ontem grupo dos 19.  

Ainda majoritária, a articulação liderada pelo atual presidente, Romário Policarpo (Patriota), e pela bancada do MDB, chega às vésperas da eleição do dia 1º de janeiro com margem mais apertada, de apenas dois vereadores, e o grupo não deve adotar a estratégia de isolamento físico antes da votação, o que deixa as conversas abertas dos integrantes com a oposição.

Viraram de lado os vereadores Gabriela Rodart (DC), que ainda se posicionava como independente dos dois grupos, além de Dr. Gian (MDB), Edgar Duarte (PMB) e Ronilson Reis (Podemos), que completam os 16 da oposição a Romário Policarpo.

O principal motivo da mudança foi o atendimento a vereadores derrotados, acertado com o atual presidente na votação e aprovação de novos 15 cargos na Câmara, por meio de emenda jabuti à reforma administrativa da prefeitura.

O projeto foi aprovado, mas ainda não foi encaminhado pela Câmara Municipal à prefeitura, para sanção ou veto do prefeito. Depois das baixas, o agora grupo dos 19 fez reunião na última tarde e definiu a chapa que concorrerá na sexta-feira (1º), com direito a publicação de foto com todos os integrantes, para demonstrar unidade.

Alvos definidos

Com o reforço de agentes externos, principalmente deputados estaduais, a oposição a Romário Policarpo ainda foca articulações junto aos vereadores eleitos Joãozinho Guimarães (SD) e Kleybe Morais (MDB), para alcançar a virada até a votação na tarde da próxima sexta-feira.

Tradição

O reforço ao grupo liderado pelo vereador Lucas Kitão (PSL) esquenta a disputa e retira qualquer possibilidade de definição antecipada da eleição à Mesa Diretora. “Ainda mais porque as coisas estão caminhando para um empate técnico. Os grupos estão se equilibrando. A gente estava com 10, 12, 13 e agora 16. A tendência é que fique 17 a 18 até o final”, afirma Kitão.

Porta aberta

Com previsão de definição de nova filiação partidária até o próximo mês de março, o presidente Jair Bolsonaro pode ter entre as opções um retorno ao Partido Social Liberal – PSL. A articulação é feita pelo Antônio de Rueda, vice-presidente nacional da e comandante da sigla no Distrito Federal, junto ao filho 02, deputado federal Eduardo Bolsonaro, que segue no partido.

Palavras ditas

As feridas deixadas pelo momento do rompimento, no entanto, seguem abertas. Em entrevista ao Sistema Sagres, o deputado federal delegado Waldir, presidente do PSL em Goiás, afirma que não se arrepende de ter chamado o presidente de “vagabundo”, mas que agora a legenda está na base do governo e as orientações da direção nacional devem ser respeitadas. Segundo Waldir, “o PSL não fecha as portas a ninguém”.

Novo momento

O anúncio de investimento no valor de R$1,8 bilhão para melhorar a trafegabilidade nas estradas goianos em 2021, feito no lançamento do programa Goiás em Movimento, inaugura oficialmente novo momento buscado pelo governador Ronaldo Caiado em seu primeiro mandato. Depois do discurso de “arrumar a casa”, a intenção é começar a entregar resultados, de olho em 2022.

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