Começa neste sábado (1º) e vai até quarta-feira (5), no Ginásio Rio Vermelho em Goiânia, o Campeonato Brasileiro Feminino de Vôlei Sentado. Cinco times disputam a competição, sendo duas equipes goianas – Adfego (Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás) e a Aspaego (Associação Paralímpica do Estado de Goiás).
Também estão na disputa o Apesblu-SC, a ADD-SP e o Sesi-SP, atual campeão, e conta com várias jogadoras de seleção brasileira. A competição conta com apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), que providenciou hospedagem e transporte interno para todas as delegações, além da alimentação durante o evento, no Centro de Excelência do Esporte, anexo ao Estádio Olímpico.
Medalhas no currículo
Atual vice-campeão brasileiro, o time da Aspaego conta com cinco jogadoras da seleção brasileira. As atletas acumulam no currículo medalhas de bronze nas Paralimpíadas do Rio de Janeiro e Tóquio, além de um título mundial. Além disso, terão no Campeonato Brasileiro a última competição antes da viagem para as Paralimpíadas de Paris.
Jogadora da Aspaego, Ádria Jesus é uma das atletas mais experientes do grupo. Prestes a participar da sua quarta edição de Paralimpíadas, a central quer trazer o título para Goiás. “Nos últimos anos estamos sempre chegando contra o Sesi-SP e agora temos a confiança de que podemos ser campeãs, pois estamos com jogadoras novas que agregaram muito o nosso time”, ressaltou Ádria.
A atleta falou também sobre o confronto com companheiras de seleção brasileira. “Quando entra em quadra tem uma certa rivalidade, mas sempre com muita maturidade e respeito. São grandes amizades que fizemos nesses anos de seleção, mas o foco agora é o Campeonato Brasileiro. Depois a gente vai se juntar e trabalhar para representar bem o Brasil em Paris”, cravou.
O técnico da Adfego, Luís Henrique Pereira, destacou a tradição que Goiás vem construindo na modalidade. “Já estou no projeto do vôlei sentado da Adfego há mais de 12 anos, e nesse período vimos a evolução da modalidade no nosso Estado, a ponto de se tornar a referência que é hoje. Nosso objetivo no campeonato é manter o time entre os três melhores do Brasil”, cravou o treinador.
Olimpismo 365
Mais de 200 jovens aprendizes da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Interação (Renapsi), a convite da organização, estarão na torcida pelas equipes goianas. A presença dos jovens na competição faz parte do projeto Olympism365.
Lançado em outubro de 2023 em Santiago no Chile, o Projeto Olympism365 “Esportes, Educação e Meios de Vida”, o projeto é uma estratégia do Comité Olímpico Internacional para contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Liderado pela Fundação SES, a ação é implementada no Brasil pela Demà Jovem by Renapsi.
Entre os ODS do projeto, destacam-se o ODS 3 — Saúde e Bem-Estar; ODS 4 — Educação de qualidade; ODS 8 Trabalho decente e crescimento e ODS 17 — Parcerias para os objetivos.
Tradição
Este é o terceiro ano consecutivo que Goiânia recebe a competição nacional. Nos dois anos anteriores, a Adfego sediou as disputas. O titular da Seel, Rudson Guerra comentou sobre a mudança do campeonato para o Ginásio Rio Vermelho. “Goiás já é uma referência nacional no paradesporto, principalmente no vôlei sentado, em que temos a base da seleção brasileira feminina. Nada mais coerente do que fornecer todo apoio a esta competição e trazer para um grande ginásio, dando mais prestígio ao torneio e comodidade para o público”, afirmou o titular da pasta.
Neste sábado, o Campeonato Brasileiro Feminino de Vôlei Sentado começa com os duelos entre Adfego x ADD-SP e Aspaego x Sesi-SP. Na primeira fase, todos os times se enfrentam entre si, com os quatro melhores se classificando para as semifinais, que serão disputadas na terça-feira (4). A grande final da competição será realizada na quarta-feira (5), às 10h30.
*Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desevolvimento Sustentável (ODS) 05 da Agenda 2030 da ONU – ODS 5 — Igualdade de Gênero.
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