Quem precisou da fluidez no trânsito da capital goiana no final da tarde desta segunda-feira (29) teve que aguardar a calmaria após a tempestade. Isso para quem teve onde se abrigar e aguardar.

O temporal que atingiu a região metropolitana, e que durou cerca de 2 horas, transformou ruas e avenidas de Goiânia em verdadeiras corredeiras, locais de risco, perigo e caos. Para os motociclistas, o cuidado nesta condições, que deveria ser redobrado, acaba nem sempre acontecendo.

Na Avenida T-7, no estacionamento de um supermercadono Setor Bueno, um motociclista teve dificuldades para manter o veículo sobre as duas rodas, e parado, por conta da força da enxurrada.

Na Terceira Radial, no Setor Pedro Ludovico, outro motociclista acabou arrastado para dentro do Córrego Botafogo. Equipes de mergulhadores do Corpo de Bombeiros foram acionadas para fazer a localização do condutor e o resgate, mas até esta publicação não houve confirmação se ele foi encontrado e qual o estado de saúde.

No cruzamento das Avenidas Mutirão e T-7, o tráfego ficou praticamente impossível. O repórter Rubens Salomão, da 730, registrou semáforos inoperantes no encontro das Avenidas Portugal com Assis Chateaubriand, no Setor Oeste, e motoristas literalmente presos no congestionamento. Usuários do transporte coletivo tiveram que improvisar acento sobre os encostos dos bancos no ponto em frente ao prédio do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).

Na Marginal Cascavel, o córrego transbordou e assustou motoristas que passavam pela via, principalmente nas proximidades da Comurg. Veículos na região ficaram com água na altura do capô. No Centro, a Alameda dos Buritis, em frente à Assembleia Legislativa, voltou a ficar submersa, fato que já havia ocorrido no início do período chuvoso em outubro do ano passado.

As ruas próximas ao Córrego Capim Puba também ficaram alagadas. No Setor Coimbra, casas foram invadidas pela enchente, trazendo lixo e lama para quintais e demais residências.

Em locais onde o relevo é mais íngrime, como na Avenida T-15, no Setor Bueno, teve gente que precisou se segurar em postes para não ser levada pela enxurrada. Na via, a força da água foi tamanha que arrastou caçambas de lixo contra carros estacionados. Na T-11, uma moto foi parar debaixo de um veículo Ônix, que estava parado.

No mesmo Setor Bueno, veículos ficaram ilhados na baixada da T-3 com a T-8. No Jardim América, caiaques seriam mais úteis do que os veículos que se arriscaram na Rua C-204. Cenário não muito diferente encontrou quem não conseguiu evitar a Rua 87, no Setor Sul. Por lá, os automóveis ficaram com as rodas escondidas dentro da água, próximo ao Clube de Engenharia.

A Avenida Anhanguera, na região do Lago das Rosas, ficou intransitável. Mesmo assim, motoristas e motociclistas se arriscavam na correnteza. Na região sul, quem precisou trafegar pela BR-153 também acabou ficando preso. Até o início da noite, quem tinha que passar pela Avenida Mutirão ou pela T-7, permaneceu refém do congestionamento quilométrico.

Até esta publicação, o Corpo de Bombeiros não confirmou número de quedas de árvores na capital, feridos ou mortos por conta do temporal. Depois das 20h, a chuva continuou na capital e região metropolitana, mas com menor intensidade.

Previsão

Para esta terça-feira (30), o Institudo Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais chuva na capital, desde o início do dia. No entanto, a possibilidade de pancadas de chuva e trovoadas existe, por enquanto, somente para o período da tarde.