O Ministério da Agricultura anunciou que a vacinação contra Febre Aftosa será suspensa a partir de 2023 em Goiás e mais cinco estados e no Distrito Federal.

Em entrevista à Sagres, nesta quarta-feira (4), o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio Amaral Leal afirmou sobre a importância do Estado alcançar o maior número de animais aptos para vacinar, antes que seja suspensa as doses.

“É muito importante nós termos a eficácia nessas próximas etapas da vacinação, para que a partir de 2023, possamos suspender por definitivo a imunização anunciada pelo Ministério. Não teremos vacinas a partir de dezembro deste ano”, informou o gerente.

Segundo Antônio Amaral, desde 2000, Goiás foi reconhecido como zona livre da febre aftosa devido a prática da vacinação. Ele acrescenta que há 27 anos, o Estado não registra focos de aftosa.

“Os Estados tem uma série de requisitos a atender junto ao Ministério da Agricultura para que seja possível essa suspensão. Goiás atingiu esses requisitos e nós estamos juntos com os outros estados do ‘bloco 4’.”

Campanha

No último domingo (1), foi iniciada a campanha de 2022, com a primeira etapa de vacinação compulsória de bovinos e bubalinos. Até o dia 31 de maio, os pecuaristas precisam vacinar rebanhos contra a febre Aftosa e a Raiva.

Nesta primeira etapa de 2022, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu pela inversão da estratégia de vacinação contra aftosa, priorizando os animais de 0 a 24 meses e não todo o rebanho como ocorria nos anos anteriores. Os animais de todas as idades serão vacinados apenas na etapa de novembro.

Além da vacinação contra Aftosa, a portaria nº 192 estabelece diretrizes também para a vacinação compulsória contra a Raiva dos herbívoros (bovinos, bubalinos, equídeos, muares, asininos, caprinos e ovinos) em 121 municípios considerados de alto risco para a doença.

Neste caso, devem ser imunizados todos os animais com até 12 meses de idade. A projeção da Agrodefesa é que sejam vacinados 6 milhões de animais contra a raiva.

Rodrigo Melo é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a PUC Goiás, sob supervisão do jornalista Thaís Dutra.

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