A Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) apresentou nesta sexta-feira (15) os resultados do Saego, o Sistema de Avaliação Educacional do Estado de Goiás 2023. Além disso, a Pasta fez um balanço anual das ações na rede estadual de ensino.

O Saego tem como objetivo diagnosticar o nível de aprendizado dos alunos matriculados na rede pública estadual. Para isso, anualmente, os estudantes participam das avaliações de conhecimento em duas áreas: Língua Portuguesa e Matemática.

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De acordo com a secretária Fátima Gavioli, o resultado do Saego, em comparação com os anos anteriores, foi positivo. “Extremamente satisfatório, a rede pública estadual está em festa. Houve um compromisso por parte dos professores de toda a rede estadual e hoje a gente vê que as crianças estão entrando com muita força nos índices de proficiência e também muitos alunos fazendo parte dos índices de avançado”, afirma a titular da Seduc.

9º Ano e 3º Ano

Nas turmas de 9º Ano do Ensino Fundamental, o desempenho em 2019%, ou seja, antes da pandemia, era de 42% de estudantes proficientes, isto é, que possuem pleno conhecimento sobre determinado assunto. Por causa do isolamento social da Covid-19, o índice chegou a cair para 38% em 2021 e 37% em 2022. No entanto, fechou em 41% em 2023.

Já o índice de alunos que estavam abaixo do básico em 2019, e que chegou a subir para 33% em 2021 e 2022, hoje está em 26%.

Quadro mostra desempenho de estudantes do 9º Ano no Saego nos últimos cinco anos (Foto: Sagres Online)

No 3º Ano do Ensino Médio, o índice de proficiência dos estudantes em português e matemática é de 42% em 2023, contra 40% em 2019. Entre os alunos abaixo do nível básico, é o menor número em cinco anos, 12%.

“A forma que Goiás tem encontrado é principalmente ampliando a carga horária de português e matemática, nós já estamos fazendo isso desde 2019. Mas o efeito disso começou mesmo no ano passado, porque essas crianças ficaram dois anos em casa”, afirma Fátima Gavioli ao ser questionada sobre os índices de alunos com conhecimento ainda abaixo do básico.

Quadro mostra desempenho de estudantes do 3º Ano no Saego nos últimos cinco anos (Foto: Sagres Online)

Fátima Gavioli ressaltou ainda que Goiás levou menos tempo do que se pensava para recuperar o índice do Saego de 2019, ou seja, pré-pandemia. “Nós falávamos que iríamos precisar de cinco anos para começar a colher os frutos da recomposição. Nós trabalharíamos cinco anos para ter o resultado que tivemos em 2019. De acordo com os dados do Saego. Goiás fez em dois anos, Goiás já voltou a 2019, agora é preciso dar sequência a isso. Nós ainda temos muitos alunos abaixo do básico, então o trabalho não pode parar, é contínuo e tem que ser feito com base no compromisso da aprendizagem da criança”, pontua.

Por fim, a secretária pontuou que o Entorno do Distrito Federal têm se destacado na avaliação do Saego. “Formosa cresce 40 pontos em matemática. Essa regional inclusive vai começar a ser estudada, porque tem cinco anos que ela cresce e cinco anos que ela permanece entre as cinco melhores. Morrinhos se destaca novamente também e vem aparecendo entre as cinco primeiras. Goiatuba também está entre as cinco primeiras e Itapaci”, conclui.

A secretária Fátima Gavioli (Foto: Secom/Goiás)

*Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 04 – Educação de Qualidade

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