O Brasileirão Série A se aproxima do fim, restam apenas três jogos, faltam apenas um mês e meio para o fim do ano e planejar a temporada seguinte é mais do que necessário. O Goiás, que parecia estático nesse ponto, resolveu se mexer de vez e começa a fazer algumas definições para 2015 a partida da próxima semana. A primeira delas? A permanência ou não de Ricardo Drubscky no comando técnico.

O treinador esmeraldino, que vinha com o discurso de cautela e paciência, revelou após a derrota para o Corinthians que uma reunião com o presidente Sérgio Rassi foi marcada para a próxima semana, onde as conversas devem ser iniciadas para a formação ou não de um novo contrato. O treinador mantém a posição de pensar apenas na reta final da Série A e melhorar a classificação da equipe.

“Ele já me adiantou que nós vamos conversar na próxima semana. É isso, não tem mais nada, é isso que posso dizer porque a verdade é essa. Semana que vem a gente vai conversar alguma coisa na questão renovação, mas é importante dizer que a gente está muito atento é nessa reta final pra tentar pontuar, porque apesar da dificuldade do momento, a gente quer melhorar nossa classificação”

Sérgio Rassi confirmou essa conversa com o treinador na semana que vem, onde o diretor de futebol, Marcelo Segurado, também estará presente. Rassi, que sempre tocou no ponto que tudo no Goiás é decidido por um colegiado, confirmou que a permanência ou saída de Drubscky também passará por uma decisão prévia, e não apenas acertos financeiros.

“Sempre tem a questão do colegiado. Eu, obviamente, me encontro com meus companheiros e depois disso, eu faço essa conversa com o Ricardo, juntamente com o Marcelo (Segurado) e aí veremos se ele vai ficar para o ano que vem ou não. Claro que, nessa situação, já traçaremos a estratégia para o ano que vem em termos de contratações, enfim, a política de ação pro ano que vem”

Ricardo Drubscky chegou ao Goiás após a perda do título goiano, que culminou na demissão de Claudinei Oliveira. De lá para cá, foram 40 jogos no comando da equipe, com 13 vitórias, nove empates e 18 derrotas, um aproveitamento de 40%, número bem inferior, por exemplo, que seu antecessor, que só perdeu dois jogos em 19 disputados, e mesmo assim foi demitido.

Preferências distintas

O colegiado da diretoria do Goiás é composto por seis dirigentes: o presidente Sérgio Rassi, o presidente do Conselho, Hailé Pinheiro, os vices Adriano Oliveira e Paulo Lopes, o diretor de futebol Marcelo Segurado, e o ex-presidente, João Bosco Luz. Segundo as informações do repórter André Rodrigues, da 730, apenas Rassi e Segurado seriam a favor da permanência do treinador, mas o presidente evita confirmar isso e deixa a entender que é possível mudar uma opinião dentro do colegiado.

“É muito difícil falar sobre isso, não é uma votação do tipo ‘Eu voto em fulano, voto em sicrano, eu quero ou eu não quero’. Nós discutimos os pós e os contras e no final chegamos a um consenso. Eu não diria que é eu levantar a mão e dizer que quero isso e aquilo, porque de repente você inicia a conversa pensando de uma forma e o companheiro demovê-lo daquela ideia, e aí você aceitar. É mais uma questão de diálogo para termos o mesmo pensamento”