A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) oficializou termo de cooperação técnica com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) no valor de 21 milhões e 800 mil reais para a execução de 54 pontes no Estado. O presidente da Goinfra, em entrevista para a Sagres 730, detalhou quais são os próximos passos da Agência com o fim do período chuvoso.

“Serão 54 pontes espalhadas em 13 municípios. Essas pontes foram escolhidas por aspecto estratégicos e sociais também, regiões onde você tinha acesso a distritos populosos, com trafegabilidade comprometida, regiões que tinham possibilidade de abertura de área agricultável, que não se desenvolvia por conta de problemas de ponte”, explicou.

O presidente contou que essa é a primeira fase do Programa Goiás em Movimento – Eixo Pontes, sendo que a segunda etapa, prevê a construção de mais de 100 pontes, mas, desta vez, com recursos do Tesouro Estadual, enquanto a primeira fase é feita toda com recursos federais.

Os locais onde as pontes serão construídas ainda não foi divulgado pela Agência. Pedro Sales destacou que algumas das construções ocorrerão em locais que já tinha pontes, mas que com o tempo se deterioraram por completo, além da substituição de pontes de madeira, por estruturas mais completas, com aço e concreto.

Manutenção

Com o fim do período chuvoso, as rodovias precisam passar por obras de restauração e tapa-buraco. O presidente da Goinfra citou as GO-020, GO-070 e GO-080 como três radiais que, segundo ele, por terem obras de péssima qualidade, precisam dessas obras imediatamente após as chuvas. “Porque não adianta, durante o período de chuvas, ficar jogando massa, não tem compactação porque o pavimento está molhado”.

Pedro deixou claro que será preciso, ainda em 2021, inaugurar um novo programa, específico para restauração de radiais, mas que no momento, o que está sendo feito é um reforço da fiscalização. “Justamente para achar esses buracos”.

Novas obras

A Goinfra se prepara também para iniciar algumas obras de duplicação. Segundo Pedro, antes, havia um problema de falta de recursos, mas que isso foi resolvido e a intenção é chegar no final da gestão “com nenhum passivo de malha”.

“Realizar obras estruturantes para atender o setor produtivo. Por exemplo, a gente tem uma rota estratégica de Quirinópolis a Paranaiguara, que fica colada em São Simão, que passou a ser uma estação ferroviária da Norte-Sul, então a gente tem que recuperar ela toda”, afirmou.

Privatizações

O presidente da Goinfra, Pedro Sales, considera que o Estado de Goiás tem uma contagem rodoviária baixa e, por isso, não considera que privatizar as rodovias estaduais seja o melhor caminho. O presidente disse que está aberto e vai acompanhar estudos, mas que existem outras formas de implementar cobranças.

“O Mato Grosso deu lição disso, lá tem uma cobrança especializada, um desconto praticado em grãos, carnes, alguns segmentos econômicos, que são considerados grandes usuários da malha mato-grossense. É quase como se fosse um tributo, aquilo gera uma receita muito grande, mais bem direcionado a quem tem mais capacidade contributiva e lá tem dado certo, mas é um diálogo que se faz com a sociedade”, encerrou.

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