Nesta quinta-feira (5), o governo retificou os números do fechamento de 2016, apresentados no fim de dezembro. O déficit orçamentário, que é a comparação entre os gastos previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) e as despesas efetivamente realizadas, ficou positivo em R$ 900 milhões e não em R$ 600 milhões, como divulgado anteriormente.

Já o saldo direto entre despesas e receitas totais do estado, chamado resultado primário, apresentou superávit de R$ 1,4 bilhão, segundo dados informados pelo governador Marconi Perillo (PSDB). “Nós que fomos acostumados com as dificuldades como a inflação, ao longo do tempo convivemos com a desesperança. Eu sempre fui otimistas. Apesar destes últimos dois anos terem sido anos de pessimismo, eu mantive a minha cabeça erguida. Agora os resultados chegam. O nosso resultado primário deve chegar a R$ 1,4 bilhão. Eu acredito que Goiás terá em termos absolutos o maior primário do País. Isso não é alcançado de graça, é em cima de muito sacrifício, de muito desgaste,” avalia o governador.

O governador aponta que os ajustes feitos e resultados obtidos pelo Estado devem servir como exemplo para os prefeitos que iniciam novos mandatos neste ano de 2017. Segundo ele foi preciso coragem para impedir que Goiás ficasse nas mesmas condições precárias de outras unidades da federação.

Em reunião direta com prefeitos nesta semana, o governador detalhou a perspectiva de investimentos e novas medidas de ajuste em 2017. Segundo ele, os prefeitos terão um ano difícil, mas não vão perder viagem se forem ao palácio pedir investimentos em suas cidades. “Por conta da extraordinária lealdade destes deputados que estão aqui ao nosso trabalho que nós vamos ter condições de neste ano fazer convênios para ajuda-los,” ressalta.

Marconi se mostrou otimista com a postura dos prefeitos que estão iniciando o mandato agora. Segundo ele, muitos estão tendo cuidado até mesmo para criar secretarias, evitando inchar a prefeitura.