A Copa América de 1989 foi disputada no Brasil e na fase de classificação três cidades receberam os jogos: Recife, Salvador e Goiânia. Pelo grupo B, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile e Equador estiveram na capital goiana e o Estádio Serra Dourada foi o palco das partidas.

Na época, ninguém menos que Diego Armando Maradona concedeu entrevista à repórter goiana Graça Torres, então pela TBC, no dia 8 de julho de 89. O astro, que faleceu nesta quarta-feira (25) aos 60 anos, falou à época sobre política e a boa fase na seleção argentina e no Napoli da Itália, no auge da carreira como atleta.

“Os argentinos estão esperançosos de que Menem possa dar soluções aos problemas que [Raúl] Alfonsín lamentavelmente não pôde dar. Estamos esperando, todos os argentinos, que de uma vez por todas tenhamos um melhor presidente”, comentou Maradona, no dia da posse de Carlos Menem na presidência da Argentina.

Em entrevista ao programa Hora do Esporte, da Sagres, nesta quinta-feira (26), um dia após a morte do astro argentino, Graça Torres revelou o nervosismo ao se aproximar do então melhor jogador do planeta para uma exclusiva.

“Eu tinha um medo muito grande de chegar perto do Maradona porque ele era o maior jogador do mundo naquela época. Ele vinha daquela bola que ele tinha jogado na Copa de 86. Era como se ele fosse o Messi hoje. Chegar perto dele era impossível”, relata. “Eu tremi demais quando cheguei perto dele, ele estava meio sisudo assim no começo, mas depois nós brincamos demais e no final ainda me pediu para chamá-lo de Diego, olha que intimidade”, revela.

Foto: Reprodução/TBC

Graça Torres conta que a íntegra da entrevista se perdeu em um incêndio, e que apenas um trecho pôde ser recuperado. À Sagres, a jornalista descreve como conseguiu entrevistar de forma exclusiva Diego Maradona em um hotel de luxo em Goiânia.

Confira a entrevista a seguir