O interesse não é nenhuma novidade, não é de hoje, mas parece ter se intensificado nos últimos dias: o Grêmio, a pedido do técnico Enderson Moreira, quer o volante e capitão do Goiás, Amaral. E o clube esmeraldino, que já recusou ofertas gaúchas, pode perder o jogador da mesma forma que perdeu Ernando, que foi para o Internacional e o Goiás não teve nenhuma compensação financeira pelo atleta.

Amaral é visto com bons olhos pelo Tricolor Gaúcho, apesar do time ter grande quantidade de volantes no elenco. Com a confiança de Enderson Moreira, os representantes do jogador e o Goiás foram procurados no início da semana com uma nova oferta, mas o clube recusou. O Grêmio oferece uma “permuta de jogadores”, com pelo menos três nomes que viriam para o clube goiano, mas o Esmeraldino exige uma compensação financeira pelo jogador.

Amaral tem o contrato se encerrando no fim do ano e, em Junho, já poderia assinar um pré-contrato, da mesma forma que aconteceu com Ernando na temporada passada. O presidente do Goiás, Sérgio Rassi, reconhece esse risco de “ficar com as mãos abanando”, mas garante que a diretoria está tentando de todas as formas, inclusive oferecendo um plano ousado para o jogador.

“O Amaral, infelizmente, está desenhando o mesmo caminho do Ernando, e eu quero deixar bem claro que não é por falta de empenho nosso. Nós já sentamos duas vezes com o empresário tentando fazer um plano de cinco anos de contrato com o Amaral, é um jogador que eu gostaria que fosse exemplo de atleta no Goiás, isso é praticamente inédito no país, jogador que começa no time e termina no mesmo time. Mas, não chegamos a um acordo financeiro e a cada dia, fico mais desesperançoso”

Juntamente com Harlei, o volante é um dos símbolos da equipe e um dos que está a mais tempo no clube esmeraldino, onde já conquistou uma Série B, três títulos goianos e ajudou a equipe a chegar à final da Sul-Americana, em 2010. Sempre com disposição de sobra dentro de campo, Amaral garante que está alheio a toda essa negociação, mas promete que jamais deixará de honrar ou jogar em alto nível pelo Goiás.

 “Acho que nem é preciso falar disso, porque essa conversa vem desde o começo do ano e eu estou mantendo o foco. Pra você ver, eu não fujo da raia, voltei em pouco tempo e se tivesse alguma coisa, nem pra final eu teria ido. Tive até pouco tempo de preparação, trabalhei dois dias e fui pra final, e estava machucado. Então, independente disso, sempre vou honrar a camisa do Goiás, é um clube que eu tenho carinho grande, que me deu tudo o que tenho, e o torcedor pode ficar tranquilo”