Diferente de outras formas de empreendedorismo, o social não tem o lucro como mola propulsora, pois adota como guia a melhoria das condições de vida em sociedade. Foi a identificação com essa proposta que levou Bianca Porto a idealizar, em 2018, a startup Grifa.me, formalizada dois anos depois, em parceria com o sócio Victor Stillo. Assista à entrevista a seguir

A ideia dos dois empreendedores era auxiliar, utilizando plataformas digitais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e entidades sem fins lucrativos a conquistar mais doadores, regularizar a captação de recursos e contribuir para a fidelização dessas contribuições. Como os dois sócios já tinham experiências anteriores com o trabalho em empreendedorismo a ideia foi gestada a partir dessas necessidades concretas.

Em entrevista à Sagres TV, Bianca Porto explica que uma das propostas era auxiliar as ONGs de modo a tornar a captação de recursos mais profissional, estratégica e com transparência.

”Somos uma plataforma, um sistema web, que as organizações conseguem utilizar para gerenciar toda a parte de captação de recurso delas. É um sistema pelo qual elas conseguem receber as doações por Pix, boleto, cartão de crédito, conseguem sacar esse dinheiro para a conta delas, e um dos pontos principais é que elas consegue prestar contas de tudo isso para os doadores”, afirma Porto.

De acordo com a empreendedora, a startup oferece todo auxílio na parte de regulamentação e comunicação, não como tecnologia, mas como recursos humanos.

”Hoje no time são quatro consultoras, todas com experiência na área de captação de recursos com empresas, edital e pessoa física, e a gente dar um suporte completo em todas as áreas”, esclarece.

A empresa, todavia, não tem sede física. Isso assegurou que os investimentos iniciais fossem baixos e diminuíssem os riscos do negócio. Quando da formalização, o registro foi como MEI (microempreendedor individual). A remuneração ocorre com a cobrança de 10% sobre o valor arrecadado pelas instituições parceiras registradas na plataforma.

”A gente faz uma diagnóstico com a organização. Toda organização que chega na plataforma, a gente busca entender em que estágio de maturidade o projeto está, se já é um projeto mais consolidado, sem tem pessoas remuneradas ou são voluntários”, conclui Bianca Porto.

Já se cadastraram na plataforma 13 instituições, tais como “De Mão Dadas” (Grupo de apoio ao bairro Residencial JK), “Já Fez o Bem Hoje?” (Grupo que se propõe a estimular boas ações diárias), “Fundo Agbara”, grupo antirracista de mulheres negras empreendedoras.

Como doar?

Os interessados em ajudar uma boa causa podem entrar na plataforma, escolher a entidade com a qual possua maior identificação e fazer a doação.

Como cadastrar a ONG?

O cadastro de instituições no site da Grifa é muito simples. Basta acessar o site e localizar o link “Cadastre sua ONG”. Depois de preencher o formulário estará apta a potencializar as suas arrecadações.