O Ministério do Trabalho e Previdência desenvolveu em conjunto com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Guia Brasileiro de Ocupações, que já está disponível para acesso de toda a sociedade desde 23 de março. O ministério destaca que a iniciativa busca facilitar o acesso do público às informações sobre as ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro, além de seus componentes e principais indicadores.

Composto por dois painéis de pesquisa e com acesso online, o guia possui navegação intuitiva e é acessível para uma diversidade de usuários. Em entrevista à Sagres a Mestre em Educação e Novas Tecnologias e especialista em Planejamento e Gestão, Oriana Gaio, explicou os benefícios do guia.

“Ele tem um grande potencial consultivo de tantas informações qualitativas e quantitativas para os trabalhadores e para os empregadores. Nós costumamos chamar de o grande CHÁ, as competências, habilidades e atitudes que são relacionadas às ocupações e esse guia traz essa característica pertinente a cada uma das ocupações”, destacou Gaio.

A profissional disse ter certeza da importância do acesso a essas informações tanto para os trabalhadores como também para quem emprega. Isso porque o guia apresenta informações demográficas, como perfil de vaga, número de vagas e como está a distribuição em todo o país.

“Os trabalhadores estarão munidos de muitas informações em relação ao mercado de trabalho. Quem já está empregado e está pensando em trocar a sua ocupação, se aventurar por uma outra profissão, está começando a pensar nisso, também já pode dar uma olhada e ver como é que tá esse mercado de trabalho, principalmente na sua região, nós temos aspectos demográficos bem densos”,  afirmou a especialista.

Através do guia os empregadores podem mapear as tendências de cada uma das ocupações. Oriana Gaio comentou que no final de março, o Ministério do Trabalho reconheceu 22 novas profissões, mas relatou que essas ocupações ainda não aparecem no guia, que já estava sendo finalizado. São ocupações como skatistas, sommelier e pessoas que trabalham com a lei de proteção de dados e outras ocupações relacionadas.

A especialista afirmou que o mercado tende a mudar, por causa das crianças, das gerações, e também das tecnologias, que nos últimos anos mudaram muitas ocupações.

“Esse guia é montado com base nos registros administrativos oficiais do Ministério do Trabalho. Ele usa como base a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Então a tendência é que essas novas ocupações sejam inseridas nesse contexto”.

Oriana argumenta que é preciso ter um olhar atento para as novas ocupações, inclusive as relacionadas às redes sociais, como youtubers, por exemplo.

“E realmente, a gente tem que pensar nessas ocupações, quando eu falo dos entregadores, as tendências em relação ao mercado de trabalho, é olhar também aquilo tudo que já tá talvez saturado naquele mercado, como eu posso trazer esse trabalhador, como é que eu posso fazer esse perfil de novas gerações que estão surgindo, para elas entenderem também o que que é a exigência desse mercado de trabalho, em relação ao perfil das empresas.  Tudo está nesse guia e o acesso é gratuito e online”, completou a especialista.

Confira a entrevista completa:

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