Aos 63 anos e reconhecido até pelo técnico Tite, da seleção brasileira, como referência de “quem conhece bem o vestiário”, Hélio dos Anjos vive um momento especial no comando do Náutico. O treinador, que fez história no comando do Goiás Esporte Clube com conquistas importantes, tenta deixar aumentar o seu legado no clube pernambucano, já que depois de ajudar na fuga do rebaixamento para a Série C no ano passado, conquistou o título estadual em 2021 e atualmente é o líder do Brasileiro Série B.

Invicto com 21 pontos – são seis vitórias e três empates – o Timbu pega o Goiás nesta sexta-feira (9), no Estádio Hailé Pinheiro (Serrinha), às 21h30. Em virtude do jogo e da história que Hélio tem no Goiás, o repórter do Sistema Sagres de Comunicação, André Rodrigues, bateu um papo com o técnico que pelo Verdão conquistou a Brasileiro Série B em 1999, 4 edições do Campeonato Goiano (1999, 2000, 2009 e 2015) e 3 Copas Centro-Oeste (2000 e 2001).

Como você analisa a consistência do trabalho feito pela sua comissão técnica no Náutico?

“Pra mim uma coisa muito importante, não só pela campanha do Náutico, mas pelo futebol em geral, é consistência do trabalho, manter uma linha junto com toda a estrutura do clube. E essa consistência começou quando conseguimos evitar uma catástrofe de um clube tão grande como o Náutico, viramos o ano, procuramos manter uma número razoável de jogadores, hoje, do time que mais atuou, temos apenas duas novidades, então aumenta a confiança pra ganhar o Pernambucano como ganhamos e jogar a Série B de forma diferente como estamos fazendo”.

Você colocaria o Náutico como um dos postulantes ao acesso para a Série A?

“Não tenho dúvidas disso em função da confiança que temos no trabalho. Ninguém está aqui empolgado pela primeira colocação, mas nós vínhamos com um aproveitamento de grupo de acesso para a Série A desde o Brasileiro do ano passado. Tivemos uma campanha em 2020 sob o meu comando, na recuperação, que nos levaria até a classificação se tivéssemos disputado o campeonato no todo. Então por que não confiar? Se for somar tudo, a consistência de resultado e comportamento, nos leva a falar, sim, que somos postulantes a uma das quatro vagas”.

E o jogo contra o Goiás?

“Vejo como o jogo mais difícil daqueles que tivemos até agora. Nós sabemos que todo jogo pra quem almeja uma classificação, tem uma conotação decisiva. A gente sabe que pode recuperar pontos perdidos, mas acima de tudo, temos de criar esse clima quando jogamos fora de casa, principalmente contra uma das grandes camisas e forças da divisão. Estamos pensando que será um jogo dificílimo, contra uma grande equipe, e que teremos de jogar muito mais do que jogamos até agora para conseguir um resultado positivo”.