Sem dois dos principais jogadores do time, o Atlético patinou, sofreu e não se encontrou em campo nas derrotas para Bragantino e Sampaio Corrêa. Os dois seguem fora do time para o duelo desta sexta-feira, às 20h30, contra o Santa Cruz, no Arruda, em Recife, e o técnico Hélio dos Anjos se preocupa com a reação do time. O treinador admite que o time sente falta das duas lideranças da equipe, mas espera que isso não seja fundamental no jogo desta sexta.

“Todo grupo tem referencias. Taticamente, o Márcio teve uma função um pouco diferente nesse Brasileiro, porque ele acabou tendo outra referencia na nossa estrutura tática, ele talvez seja o maior interceptador de bolas e transmite uma confiança muito boa pra toda a equipe. O Viçosa também e pra mim, estava bem melhor na visão que eu tinha dele. Mais lúcido, fazendo o time jogar, tava tendo essa facilidade e a gente sente um pouco sim a ausência dos dois”

Não foi apenas a ausência de Viçosa e Márcio que fez a diferença nos últimos jogos, mas também a queda vertiginosa de atuação do meia Jorginho, que não se encontrou após a polêmica sobre uma possível transferência. Hélio dos Anjos destacou que é preciso ter cuidado com esses jovens valores, citando também o zagueiro Victor Oliveira, e entende que apenas uma sequencia de partidas pode dar a oportunidade deles crescerem.

“Na reunião de segunda-feira, eu perguntei pro Jorginho quantos jogos que ele fez comigo desde o Vila até esse ano, e eu tenho certeza que não foram nem 30. Nesse ano, ele já deve ter feito um número perto disso. O Victor também, eu perguntei quando ele fez 10 jogos seguidos, e ele não conseguiu dizer. O Jorginho e o Victor, eu tô abraçando, são duas promessas, são dois jovens de qualidade e você tem que dar colo, tem que dar tempo para eles. Vai ter essa oscilação, isso acontece e as pessoas precisam entender”

Com 25 pontos, o Atlético ocupa a 11º colocação na Série B e poderia estar em melhor condição se tivesse conquistado pontos nos dois últimos jogos, o que deixa o técnico Hélio dos Anjos chateado até hoje. O treinador revelou que tinha o prognóstico de estar, atualmente, com 28 pontos, o que daria ao Atlético a 6ª posição, mas como não conseguiu, vê o duelo desta sexta-feira como decisivo, não só pela pontuação, mas também para não ampliar a sequencia negativa.

“A gente discute jogo a jogo e se tivéssemos ganho do Sampaio, nós estaríamos definitivamente no bolo da frente, mas não fizemos isso. Então, nós definitivamente precisamos do resultado lá para voltar ao bolo, porque uma coisa é fato: ninguém vai disparar. Se conseguirmos o resultado lá, estaremos no bolo, e se não conseguirmos, vamos ter que conjugar os resultados da rodada. Se nós estivéssemos com 28 hoje, nós estaríamos no bolo que eu gostaria de estar. É uma pena, os dois últimos resultados foram indigestos”