A vida de Heriberto da Cunha parece ter cada vez menos vida útil no Vila Nova. Depois de pedir contratações e ganhá-las, mesmo que com muito atraso, o treinador optou por escalar o time com três estreantes que, literalmente, chegaram num dia e jogaram no outro. Como resultado, o Vila foi derrotado por 3 a 1 e o treinador assumiu a responsabilidade por mais um tropeço em casa. Heriberto admite que eles não tinham condições ideais, mas mesmo assim foi preciso apostar e aliviar um pouco a barra dos garotos.

“Não é porque esses jogadores chegaram que eles estavam em condições de jogo, nós temos que dar essas condições com o decorrer. Milagre ninguém faz, ninguém vai condicionar esses jogadores do dia pra noite. Eu sei muito bem do meu trabalho e do que eu posso fazer, foi uma aposta que o Vila Nova fez em cima da juventude e agora estamos correndo atrás de uma recuperação num momento difícil. Ele não vao chegar aqui e resolver, se fosse assim, seria muito fácil. Temos que ter equilíbrio, a gente não pode sair culpando todo mundo”, determinou o treinador

O comandante técnico do Vila acredita que, mesmo com uma condição física deficiente, jogadores como Rafael Oliveira e Rico, com boa bagagem no futebol brasileiro, poderiam resolver. Heriberto até viu momentos bons nas atuações dos dois atacantes e acredita que eles podem dar bons frutos, mas revela que já esperava por tal roteiro no Serra Dourada e mesmo assim, não tentou impedir.

“Eu já esperava por isso, que lançando os jogadores viria uma cobrança em cima disso. Eu tenho consciência que eles precisam ser trabalhos e ganhar ritmo nesses últimos três jogos, mas eu não poderia me omitir disso, de ter atletas que poderiam nos ajudar nesse momento”, tentou se explicar.

Antes da entrevista coletiva habitual no vestiário colorado, Heriberto ficou por cerca de meia hora reunido com os jogadores e a informação é que ele já teria se despedido dos jogadores e pediria para deixar o cargo ainda hoje. Heriberto confirmou que iria se reunir com Newton Ferreira, homem forte do futebol, ainda nesta quinta-feira e que não podia levar a responsabilidade sozinho pelo atual momento, já que a aposta na garotada foi decisão da diretoria.

“Vou conversar com eles, a gente não pode é ficar passando responsabilidade, condenando um ou outro. A responsabilidade é de todos, é do clube, do comando, dos jogadores, ninguém pode fugir disso. Se o clube apostou na juventude e nós aceitamos, é porque a gente podia fazer um trabalho com eles. Nesses momentos, a responsabilidade é de todos, minha também de aceitar isso ou ir embora, todos são responsáveis pelo momento que atravessa o Vila”, apontou o técnico.