O Hospital Alberto Rassi (HGG) deu início neste mês de maio à segunda etapa de atendimento aos presos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O objetivo é o atendimento a 100% das demandas de cirurgias eletivas da população carcerária. O promotor de Execução Penal do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Marcelo Celestino, visitou a unidade de Saúde e explica como será feito o atendimento aos detentos.

“Os presos serão examinados nas unidades prisionais pela gerência de Saúde e os casos que são cirúrgicos serão encaminhados para o HGG. Realizadas as cirurgias, após a alta, os presos voltam para o complexo prisional. Se houver necessidade de continuidade do tratamento, tem a unidade de Saúde do sistema prisional, onde permanecem ou voltam para a própria cela com acompanhamento das enfermeiras do local”, descreve.

Em 2015, o HGG atendeu 104 presos da penitenciária. Em 2017, o mutirão de cirurgias também atenderão também o público feminino, dando continuidade ao trabalho em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech)/HGG. O diretor do hospital, Rafael Nakamura, destaca como os presos são selecionados para os procedimentos cirúrgicos.

“Estes pacientes são examinados inicialmente pela equipe médica do hospital e depois a nossa equipe confirma ou não este diagnóstico. Não se previu neste tipo de trabalho nenhum tipo de prejuízo à população comum. Este atendimento é feito em um setor que foi parametrizado para isso, não reduz vagas para outros tipos de pacientes. Os médicos fazem este atendimento dentro da sua rotina, não houve contratação de médicos. Do ponto de vista médico, não importa a situação civil em que o paciente se encontra”, ressalta.

Ainda de acordo com o diretor do HGG, serão realizadas cirurgias gerais, de hérnia, pacientes de proctologia e alguns casos de urologia. A segurança será garantida por uma equipe da escolta prisional 24 horas por dia, e os presos têm direito a visita.

Com informações do repórter Jerônimo Junio