O presidente executivo do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, concedeu entrevista na última sexta-feira(26) ao Sistema Sagres de Comunicação e respondeu vários questionamentos. Um deles, a intenção de gasto na Série B e favoritismo, já que pra essa competição, os 20 clubes receberão a mesma quantia, pouco mais de seis milhões. Perguntado sobre essa divisão igualitária na competição nacional, o mandatário colorado destacou a arrecadação anual de algumas equipes, que devem ser levadas em consideração.

“Não tem nada de igual, apenas a distribuição da cota da Série B que é igual. Como que é igual, se o Vasco pega de seis a oito milhões do Campeonato Carioca, o Guarani pega de quatro a cinco milhões do Campeonato Paulista. O Náutico pega quase um milhão pra disputar o Campeonato Pernambucano e mais um milhão pra Copa do Nordeste, não tem nada de igual nisso. Vocês vão me desculpar, as disparidades regionais quando vem pra um campeonato brasileiro, precisam ser contabilizadas, a diferença é gigantesca”, falou Hugo.

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Favoritismo

O Campeonato Brasileiro da Série B desse ano, vem sendo considerado o mais equilibrado da era de pontos corridos. Isso pelo fato de grandes clubes do futebol brasileiro estarem inseridos nessa competição. Como destaques, adversários que o Vila Nova terá pela frente, o Cruzeiro que permaneceu na Série B desde a temporada passada, os rebaixados Vasco, Botafogo, Coritiba. Outros clubes que sempre tem força, os paulistas Guarani e Ponte Preta, além do clássico estadual com o Goiás e outros times fortes, como o CRB-AL e CSA-AL.

Vale destacar o poder financeiro de times que subiram da Série C com o Vila Nova, como o Brusque-SC e Remo. Diante disso, Hugo Jorge Bravo avaliou o favoritismo em cima de quem tem mais condição financeira para investir e revelou, a intenção de gasto com folha de pagamento do time colorado, nessa competição.

“Parto sempre do princípio que o favorito é quem tem o maior orçamento, o maior dinheiro pra investir. A estimativa de folha do Vasco é de dois milhões e meio a três milhões. Estamos trabalhando aqui no Vila com a estimativa de quinhentos a quinhentos e cinquenta mil reais, a diferença é brutal. Mas vamos tirar essa diferença com trabalho, organização tática, padrão e estratégia de jogo, saber jogar dentro e fora de casa, potencializar nossos pontos fortes e melhorar nossas fragilidades, estar na ponta dos cascos no aspecto físico, pra tirar essa diferença”, revelou Hugo Jorge Bravo.

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Comparações

Ainda sobre a parte financeira dos clubes, o presidente colorado comparou o que os times paulistas inseridos na Série B recebem. O Remo que subiu com o Vila da Série C e até o Volta Redonda, que permanece na terceira divisão, foram utilizados como comparação. Hugo Jorge Bravo frisa que os valores arrecadados em competições anteriores, contam também, quando se chega na competição nacional.

“Times do Campeonato Paulista pegam cerca de cinco milhões e nós pegamos pelo Goiano, duzentos mil reais, a diferença é gigantesca. O Volta Redonda da Série C, pega três milhões (Campeonato Carioca). Por exemplo, o Remo que está na mesma competição que o Vila, pegou um milhão do Campeonato Paraense, mais um milhão do governo pro Brasileiro e depois, mais um milhão e meio pelo Banpará, numa espécie de auxilio emergencial. Então, as disparidades regionais precisam ser contabilizadas”.

A expectativa de Hugo Jorge Bravo é que o Vila Nova supere a inferioridade financeira, com o trabalho que vem sendo desenvolvido. “Dividir a cota da Série B, não significa igualdade entre as partes. Então, é um campeonato bem equilibrado e o favorito é quem vai gastar mais. Mas isso, nem sempre prevalece dentro de campo e é nisso que vamos buscar. Um time de jogadores comprometidos, organizados e fisicamente bem”, concluiu Hugo Jorge Bravo.

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