Após vencer o Flamengo com autoridade, o Atlético passa a ser visto de maneira diferente? O atacante Hyuri, acredita que sim. “Devem enxergar o Atlético de outra forma porque são vinte clubes na Série A. Ninguém começa o campeonato campeão e ninguém começa o campeonato rebaixado. Se começasse assim não precisaria ter campeonato.”

Autor do primeiro gol na partida contra os cariocas, Hyuri declarou que a vitória não o surpreendeu, “foi tudo muito planejado, meses atrás, não foi uma surpresa para a gente, nós não podíamos aceitar nada menos do que a vitória ontem, porque a gente trabalhou para isso, nós planejamos para tal resultado.” O jogador ainda ressaltou “que hoje em dia todo mundo quer ver o Flamengo jogar e ontem viram como o Atlético joga”.

Por conta das ausências de Renato Kayzer e Júnior Brandão, Hyuri teve uma chance na equipe titular e acabou marcando o primeiro gol atleticano no Brasileirão 2020. O jogador comentou sobre a luta por uma vaga no ataque rubro negro.

“A forma que eu comecei a encarar o treinamentos desde que o Mancine chegou me deu a tranquilidade de começar jogando ontem, não tinha nenhuma surpresa. Eu já tinha mentalizado que eu poderia entrar no jogo e tinha que estar preparado para isso. Caiu no meu colo mas eu estava preparado para essa oportunidade, tanto que a gente conseguiu desempenhar um bom trabalho”, comemorou.

Punho erguido 

Hyuri comemorou o gol marcado contra o Flamengo com o punho erguido, um dos símbolos do Movimento Negro nos Estados Unidos. O atleta falou sobre o gesto, “eu não digo que é uma comemoração, eu digo que é o momento máximo do futebol, que é o gol. Todos os olhos estão virados para você e é uma oportunidade de expor o movimento.

O atacante também salientou a importância do movimento: “Não pode ser algo de uma hashtag em rede social, não pode ser algo de um dia ou uma noite, não pode ser algo de uma semana, tem de ser um movimento continuo. E isso não deve partir de mim só porque eu sou negro, tem que partir de qualquer classe social. Do rico, do mais pobre, do classe média, do branco, do negro, da criança, do adolescente, do adulto, do idoso. É um movimento que a gente precisa se engajar, principalmente os atletas, pois eles tem uma voz ativa muito grande”, pontuou.