O fenômeno natural El Niño tem previsão de permanência no Pacífico até o mês de maio, por isso, a seca permanece em grande parte do Brasil. Especialistas chamam atenção para a forma de manejo do do solo no país. Pois as queimadas e o desmatamento colocam em risco a Caatinga, o Cerrado, o Pampa e a Amazônia, que estão nas regiões com secas previstas.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que a Amazônia bateu o recorde de focos de incêndio em fevereiro e ainda superou o recorde mensal de carbono na atmosfera, o que compromete a camada de ozônio. O bioma teve 2.924 pontos de incêndios este ano e 734 focos em fevereiro do ano passado.
A Amazônia passa por uma sucessiva redução do desmatamento que já chega no percentual de 20% ao ano, mas os esforços ainda são insuficientes. O coordenador do Centro de Estudos Amazônia Sustentável, Paulo Artaxo, alertou que qualquer queimada e desmatamento na região é uma ação criminosa porque a floresta é úmida e não tem incêndios naturais.
“Todos os incêndios na Amazônia são criminosos, assim como 97 % dos desmatamentos na região são associados ao crime organizado”, disse. O que acontece na Amazônia possui forte influência do El Niño, o que impactam no clima, nas saúde dos moradores e nas temperaturas do planeta e dos oceanos.
*Com informações do Jornal da USP
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
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