Sagres em OFF
Rubens Salomão

TSE aprova regra contra uso irregular de Inteligência Artificial nas eleições 2024

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta terça-feira (27) regra que pode levar à cassação de candidaturas por uso irregular de Inteligência Artificial (IA). A regra faz parte de um conjunto de 12 sugestões que foram analisadas pelo tribunal e que já terão aplicação nas eleições municipais de 2024.

Com relação à Inteligência Artificial, o TSE decidiu que as campanhas eleitorais deverão obedecer as seguintes regras: conteúdos com manipulação por Inteligência Artificial deverão ter a devida identificação. Chatbots e avatares para intermediar a comunicação da campanha devem ter uso limitado. Não poderá haver qualquer simulação de conversa dos chatbots e avatar com candidato ou pessoa real.

Além disso, há proibição absoluta ao uso de deepfake, que é o conteúdo de Inteligência Artificial que reproduz falsamente voz e imagem de pessoas reais. A relatora dos processos foi a ministra Cármen Lúcia, que presidirá o TSE nas eleições deste ano.

inteligência artificial tse
Foto: Sessão plenária do Tribunal Superior Eleitotal (TSE). (Crédito: Alejandro Zambrana/Secom/TSE)

Inteligência Artificial

“O papel do TSE é desdobrar o que está disposto na Constituição Federal e nas leis. Não podemos ultrapassar, não ultrapassamos, mas temos que dar cumprimento ao que a Constituição estabelece”, disse Cármen Lúcia. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a medida é uma das mais importantes do pacote.

Impacto

Declarou também que um conteúdo falso pode até mudar o resultado de uma eleição. Para o ministro, a resolução vai dar instrumentos à Justiça Eleitoral para combater as milícias digitais. “É um grande passo na defesa da verdadeira liberdade de expressão”, disse Moraes.

inteligência artificial tse carmen lúcia
Foto: Ministra Cármen Lúcia será presidente do TSE nas eleições 2024. (Crédito: Luiz Roberto/Secom/TSE)

Desinformação

O TSE aprovou regras também para combater a desinformação, entre elas a responsabilização de provedores caso não retirem conteúdos ilegais do ar. Entre as medidas estão orientação de juízes para a assegurar a eficácia das decisões de remoção de conteúdos ilegais.

Retirada

Os aplicativos deverão comprovar que cumpriram a determinação de retirar conteúdo do ar e as plataformas terão de tomar medidas para impedir ou diminuir circulação de fake news. Também deverão veicular informações que esclareçam dados descontextualizados. E os provedores poderão sofrer responsabilização caso não retirem do ar discursos de ódio ou antidemocráticos.

Leia mais da Sagres Em OFF:

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

Mais Lidas:

Sagres Online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.