A inovação é uma demanda latente nos dias de hoje. Contudo, diante de um contexto de grandes e rápidas transformações aliadas às tecnologias exponenciais, as empresas se sentem completamente perdidas sobre como manterem o negócio atraente e lucrativo. Por isso, foi lançada, a ISO 56.002, de gestão da inovação, na qual a PALAS, consultoria de inovação e gestão, despontou como pioneira em seu processo de formatação e implementação.

“Pequenas e médias empresas que querem estruturar um departamento de inovação, que querem fazer gerar inovação e não sabem por onde começar, a ISO é um ótimo modelo para te dar uma diretriz e te dar caminho”, comenta o sócio-fundador da PALAS, Alexandre Pierro, em entrevista ao Sagres em Tom Maior desta segunda-feira (28).

Fundada em 1947, com o intuito de ajudar na reconstrução das empresas devastadas pela Segunda Guerra Mundial, a ISO – Organização Internacional de Padronização, é uma instituição sem fins lucrativos sediada em Genebra, na Suíça. Mais de 150 empresas já adotaram a norma em todo o mundo, quatro só no Brasil.

“Temos quase 150 empresas no Brasil buscando entender a aplicabilidade e os benefícios do sistema de gestão da inovação da ISO. Isso demonstra que o Brasil está antenado às melhores práticas de gestão da inovação no mundo”, explica Pierro.

Baseada em oito pilares – direção estratégica, abordagem por processos, realização de valor, liderança com foco no futuro, cultura colaborativa, adaptabilidade e resiliência, gestão de incertezas e gestão de insights – a ISO 56.002 defende que uma inovação pode ser um produto, serviço, processo, modelo, método ou a combinação de qualquer uma delas.

“Além de se tornar uma referência em inovação, a maior vantagem do processo de implementação dessa norma é transformar ideias em resultados”, diz Pierro.

O processo de certificação, via atestado de conformidade, é mais simples do que parece. A ISO 56.002 pode ser implementada em empresas de todos os portes e segmentos. É possível fazer a implementação em um único departamento ou na empresa como um todo. Há ainda casos de implementação em várias unidades ao mesmo tempo, inclusive em países diferentes, no caso de multinacionais.

O primeiro passo é a realização de um assessment, que avalia qual é o nível de aderência de uma empresa em relação aos pilares da norma. Depois disso, inicia-se o processo de implementação, que leva de quatro a oito meses, dependendo do nível de complexidade e da maturidade da empresa em relação ao tema. Quando o sistema de gestão fica pronto, uma certificadora faz a auditoria de certificação, que, se aprovada, emite o atestado de conformidade da ISO 56.002.

No Brasil

No total, algumas empresas brasileiras já adotaram a ISSO 56.002. A primeira foi a MZF4, indústria de transformação do ramo de nylon localizada na capital paulista. Na mesma época, a CSI Locações, empresa de locação de equipamentos de Fortaleza, no Ceará. A terceira empresa foi a PALAS, que decidiu experimentar esse modelo de gestão em seus próprios processos.

Confira a entrevista a seguir no Sagres em Tom Maior #107 desta segunda-feira (28)