No mês de outubro, três influenciadores do Paraná foram detidos por promoverem o Fortune Tiger, popularmente conhecido como ‘Jogo do Tigrinho’. Este jogo de apostas, assemelhando-se a um cassino online, estava sob investigação da Polícia Civil (PC). Um quarto indivíduo envolvido ainda está foragido.

As autoridades paranaenses foram alertadas para a situação quando os influenciadores passaram a exibir nas redes sociais ganhos extravagantes supostamente provenientes do Jogo do Tigrinho.

Segundo as apurações, esses influenciadores recebiam valores entre 5 mil e 15 mil por campanhas de 7 dias, durante as quais promoviam o jogo considerado de azar. A defesa dos influenciadores alvos da polícia afirmou ao programa Fantástico, da TV Globo, que eles não possuem controle sobre a plataforma de jogos e são inocentes.

O Fortune Tiger é um jogo online que opera como um cassino virtual e ganhou destaque nas redes sociais nos últimos meses, sendo promovido por influenciadores em todo o país. Funcionando como um tipo de caça-níqueis, para vencer, o jogador precisa acertar a combinação de três figuras idênticas em três fileiras, recebendo assim uma premiação em dinheiro.

Fenômeno

O jogo tornou-se um fenômeno nas redes sociais e passou a ser divulgado por influenciadores em diversas partes do Brasil. Em outubro, a influenciadora Skarlete Melo foi presa pela Polícia do Maranhão por sua promoção do jogo.

No mês anterior, outra influenciadora foi levada à sede da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) em São Luís, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por divulgar o jogo de azar sem a devida autorização das autoridades competentes e foi posteriormente liberada.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão, ela havia descumprido um acordo feito com as autoridades na última quarta-feira. Na operação de setembro, denominada Quebrando a Banca, a Polícia Civil apreendeu diversos bens de luxo, incluindo o bloqueio de uma conta bancária no valor de R$ 8 milhões.

Golpes

Os incidentes de fraude na internet estão em constante crescimento, especialmente no âmbito financeiro. Essas práticas incluem ofertas sedutoras, links com descontos, transferências de dinheiro e até mesmo indivíduos que se passam por funcionários de call centers, Recursos Humanos ou suporte técnico para chamar a atenção.

Muitas pessoas acabam sendo prejudicadas por esses golpes e muitas vezes não sabem como se proteger ou agir diante dessa situação. A variedade de golpes é vasta, tornando cada vez mais desafiador lidar com essas situações.

Os criminosos estão se tornando mais criativos, oferecendo promessas de ganhos fáceis, oportunidades de emprego atraentes ou representando falsamente outras pessoas ou organizações para obter dados pessoais. No entanto, há algumas orientações que podem ser seguidas para evitar danos e garantir a confidencialidade de seus dados. Confira:

Como evitar?

Antes de fornecer informações pessoais ou financeiras em um site, verifique se o link começa com “https://”, e confira se há um cadeado ao lado do endereço. Isso indica uma conexão segura e criptografada.

Se uma oferta parece boa demais para ser verdadeira, provavelmente é. Desconfie de promessas de enriquecimento rápido ou retornos de investimento garantidos. Nesse caso específico, podemos citar o Jogo do Tigrinho como exemplo, em que se promete muito dinheiro fácil e rápido.

Se alguém solicitar que você faça um Pix com a promessa de retorno imediato, mantenha-se cauteloso. Os golpistas muitas vezes tentam pressionar as vítimas a agir rapidamente, criando um senso de urgência. Mantenha a calma e tome decisões ponderadas. Não transfira dinheiro sem verificar primeiro a veracidade da solicitação.

O que fazer se cair?

Se você foi vítima de um golpe financeiro, siga estes passos:

  1. Registre um boletim de ocorrência na polícia, preferencialmente em uma Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI) se disponível em sua cidade.
  2. Salve informações sobre o golpista, incluindo endereço de e-mail e números de telefone, se possível.
  3. Capture prints de conversas com o golpista.
  4. No caso de golpes envolvendo transferência de dinheiro, anote os detalhes da conta bancária ou chave Pix utilizada.
  5. Em caso de suspeita de invasão, coloque o celular no modo avião e desconecte-se de todas as redes de internet, incluindo Wi-Fi e 4G.
  6. Denuncie mensagens de spam em serviços de e-mail e perfis falsos em redes sociais.
  7. Considere buscar assessoria jurídica, especialmente se sentir que não pode resolver a situação sozinho. Um advogado especializado em direito do consumidor pode ajudar a encontrar soluções para o problema.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade

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