Ananda Leonel
Ananda Leonel
Jornalista multimídia, apresentadora, repórter, editora e colunista. Especialista em Games e Cultura Geek. Pioneira regional em eSport em Goiás. Criou o programa "Aperte o Play". Produtora de conteúdo e roterista de sketch para as redes sociais.

Kaardik: game brasileiro inspirado em Pokémon apresenta a fauna e flora brasileira

Karamelli, eu escolho você! Calma, que você não leu errado, pois o Karamelli é um Kaardik. O novo game indie brasileiro, Kaardik, foi desenvolvido pela GG Studios inspirado na famosa franquia da Nintendo, Pokémon. O game leva o jogador a desbravar a biodiversidade brasileira com os Kaardik’s na região de Kodumaa! Em uma emocionante jornada pelo vasto território nacional, o jogador encontra criaturas inspiradas na fauna e flora brasileiras na pele de dois irmãos indígenas.

Com uma abordagem semelhante à Pokémon, o jogo oferece uma experiência onde os jogadores capturam, treinam e batalham com Kaardiks, criaturas baseadas em animais e plantas do Brasil. Ao mesmo tempo que se divertem, os jogadores aprendem sobre a diversidade da vida selvagem do país, destacando sua importância para a conservação e despertando um maior senso de apreço pela natureza local.

O objetivo do jogo é proteger a natureza local do mal oculto que surgiu para destruir Kodumaa. Se torne um treinador de Kaardik, se una a outros amigos para derrotar as forças do mal. Confira o trailer abaixo.

Como surgiu?

Daniel Lima, CEO da GG Brasil, sempre foi louco por jogos e por isso criou a empresa no final de 2021. Atualmente, conta com 12 pessoas na equipes apaixonada por games e que conciliam outros trabalhos para nascer Kaardik. E uma das razões que levou Daniel a se inspirar na famosa franquia da Nintendo é porque Pokémon foi o game que mais marcou a sua vida.

“Percebi que não tinha um jogo do nicho focado no Brasil. E uma critica muito grande do grupo de quem joga Pokémon e que a Nintendo não faz um porte de tradução para português e é uma defasagem muito grande para o nosso publico. Então eu linkei o útil ao agradável que é uma franquia que eu gosto tanto e comecei a ter uns insight com o Kaardik, pesquisei sobre a cultura brasileira e como poderia fazer alguns diferenciais e que as pessoas chegassem e que não seria apenas Pokémon mas um jogo diferente do Brasil”, explicou Daniel.

Kaardik

E não foi só a narrativa do game que despertou a curiosidade do público. Outro ponto também que chamou a atenção foi o nome criativo: Kaardik.

“Pokémon significa ‘monstrinhos de bolsos’, que faz uma menção à pokébola onde você guarda seus bichinhos e coloca a pokébola no bolso para guardá-la. Estávamos procurando uma mecânica diferente da pokébola, que é algo marcante de Pokémon. Colocamos a questão das cartas, um card game, e descobrimos uma palavra bem grande que significava ‘monstrinhos de cartas’. Damos uma resumida e surgiu Kaardik”, contou.

Um dos grandes diferenciais do game, além das cartas, foi a representatividade nacional no jogo.

“Há duas questões. A primeira quando dei vida à GG Studios e a partir do Kaardik a maior parte dos jogos tem que ter uma representação do Brasil, seja simbólica ou grande como Kaardik. E o outro ponto é que nossa maior franquia, que é nosso espelho, é o Pokémon. O jogo retrata um país, de forma fantasiosa, mas acaba retratando. Assim como o primeiro ‘Pokémon’ que foi feito, representando o Japão, pensamos em começar com o Brasil, que se alinha com o objetivo do estúdio de criar jogos que incorporem o máximo possível do Brasil em si”, explicou Daniel.

Desenvolvedor no Brasil

Ser um desenvolvedor indie nem sempre é fácil. Todos da equipe, e até mesmo Daniel, possuem outros trabalhos e usam o tempo livre para se dedicar ao projeto. Até o momento, não tiveram auxílio financeiro de empresas, apenas de amigos próximos.

“A principal problemática hoje é a questão do financiamento. O tanto de horas que a gente consegue contribuir seria 3x mais se estivéssemos focados no jogo. Chegamos no estágio de desenvolvimento em que a comunidade quer muito conteúdo, estão realmente engajados e não conseguimos mais entregar o que pedem. Porque a gente não consegue dedicar o tanto que nós gostaríamos para estar desenvolvendo o jogo. Estamos em negociação para abrir um financiamento coletivo no ano que vem, para conseguir um valor para acelerar o desenvolvimento do jogo”, afirmou.

Cachorro Caramelo

E, claro, assim como temos o nosso Pokémon preferido, com toda certeza, os criadores podem ter o seu Kaardik favorito. A colunista aqui já se apaixonou pelo Karamelli.

“Nada é mais brasileiro que o cachorro caramelo. Quando o jogador começa sua jornada, o primeiro contato com o bichinho é com ele. O Karamelli é um dos mais amados do nosso time. O nosso top 3 é ele (Karamelli), Bambobara a nossa capivara e o Coxipiry, a nossa coxinha de frango com catupiry”, contou. Ele explicou que a premissa do jogo começa com dois irmãos, e eles começam em uma reserva indígena, logo mais, devido ao mal que aparece em Kodumaa, eles encontram o professor que mora em uma fazenda junto com seu Kaardik, o Karamelli.

“O principal objetivo vai ser essa questão, embarcar nessa jornada, fazer novas amizades, buscar a preservação do ambiente, lidar com o vilão. Pois uma das questões mais latentes da preservação ambiental do Brasil é a Amazônia e também nos últimos anos o cerrado tem se destacado bastante pelo excesso de queimadas. Então estamos trazendo essa questão do vilão ser responsável por essas coisas, pois de forma paralela, além de se tornar um campeão Kaardik, você também vai lutar pela preservação do mundo Kaardik, fazendo esse paralelo no jogo”, explicou Daniel.

O game está previsto para ser lançado no último trimestre de 2025 para 2026.

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