Após da derrota do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva em Goiás no primeiro turno das Eleições 2022, o Partido dos Trabalhadores (PT) intensificou a campanha para o segundo turno do pleito. Em entrevista ao Sistema Sagres de Comunicação, a presidente do PT em Goiás, Kátia Maria, fez uma balanço na campanha do candidato petista no estado de Goiás.

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Confira a entrevista completa:    

“Nós trabalhamos muito neste segundo turno, com duas frentes de atuação. Uma foi articulação política, trazendo novas lideranças, partidos que não estavam conosco no primeiro turno. E a outra foi a mobilização de rua, fazendo com que a nossa militância pudesse ocupar todos os espaços não só em Goiânia, mas em todas as cidades de Goiás”, afirmou.

Nosso objetivo é eleger o Lula, mas queremos que o estado de Goiás também possa estar dando a sua contribuição para essa vitória, que significa trazer o Brasil de novo para um ambiente de paz no Brasil,  fazendo com que as pessoas voltem a viver com tranquilidade, onde o emprego seja uma realidade, onde a comida no prato seja presente todos os dias na vida das pessoas, onde a violência seja combatida em todas as suas formas: contra a mulher, contra a criança e o adolescente, contra qualquer forma essencial de direito de ir e vir , e de ter opinião como nós vemos neste processo eleitoral. Então nós trabalhamos muito e estamos confiantes que o Lula será nosso presidente.

Vai ter um grande trabalho de reconstrução de nossas políticas públicas.no Brasil, fazendo com que as pessoas voltem a viver com tranquilidade,  onde o emprego seja  uma realidade, onde a comida no prato seja presente todos os dias na vida das pessoas,  onde a violência seja combatida em todas as suas formas: contra a mulher, contra a criança e o adolescente, contra qualquer forma essencial de direito de ir e vir , e de ter opinião como nós vemos neste processo eleitoral. Então nós trabalhamos muito e estamos confiantes que o Lula será nosso presidente. Vai ter um grande trabalho de reconstrução de nossas políticas públicas, completou Kátia Maria.

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No primeiro turno, Lula (PT) obteve 39,05% dos votos em Goiás, enquanto Jair Bolsonaro (PL) alcançou os 52,01%. Kátia Maria ressaltou que na campanha do segundo turno, o Partidos do Trabalhadores conseguiu crescer em determinados seguimentos.

“Não colocamos uma meta numérica, mas nós vamos ampliar a votação do presidente Lula, estamos convictos disso porque foi um trabalho muito sólido. Crescemos entre os evangélicos, no meio artístico também, no ‘Agro pela Democracia’, mostrando que o agronegócio não tem dono e não é cem por cento do agronegócio que está com o atual presidente. Então acredito que essa vantagem do Bolsonaro será significativamente reduzida”, projetou a presidente regional do PT.

Nós percebemos que a intimidação, o assédio eleitoral que foi feito tanto nos órgãos públicos, quanto na iniciativa privada, com os empresários forçando os trabalhadores, esse movimento pode ter um efeito reverso, porque as pessoas não gostam de ser coagidas, não gostam de serem intimidadas, e eu percebo tanto no meio político, das conversas que eu fiz de bastidores, mesmo as pessoas falando que está difícil poder entrar na linha de frente da campanha mas nós somos Lula e vamos trabalhar para que ele tenha uma votação expressiva aqui na nossa cidade. Demonstrando isso claramente, o tanto de prefeito que não aceitou o convite em aderir à campanha do Bolsonaro, em Goiás. Então, para nós aqueles que ficaram neutros já é um ponto positivo é uma demonstração que está com o presidente Lula, salientou.

Lideranças regionais

No segundo turno, a campanha do presidente Bolsonaro se uniu a quem estava em lados opostos no cenário regional, como Gustavo Mendanha e o próprio Wilder Morais. Vanderlan Cardoso, e principalmente o governador Ronaldo Caiado que foi reeleito no primeiro turno. Para Kátia Moraes, esse alinhamento das lideranças políticas regionais com a campanha bolsonarista não muda o cenário para Lula.

“Na verdade, pra nós não muda Rubens Salomão, porque todos eles já estavam com o bolsonaro no primeiro turno então, o que muda, é que estamos recebendo apoio de pessoas que não estavam conosco,  mas o Caiado já era Bolsonaro, Victor Hugo era Bolsonaro e Mendanha era Bolsonaro, então não muda nada com relação de força”.

“Foi um movimento mais ostensivo do governador junto às lideranças municipais, prefeitos e vereadores e que eu, sinceramente, acho que houve pouca adesão, porque seria fácil os prefeitos e vereadores, ficarem do lado do governador e do lado do Presidente da República. Percebo, é que uma boa parte muito significativa preferiu manter a neutralidade. E para nós ela é entendida como um aceno à democracia, e um aceno ao fortalecimento da campanha do Lula em Goiás”, frisou.

Na avaliação da presidente do PT Goiás, de acordo com os resultados para deputado estadual, deputado federal, senado e governo, o partido cresceu em comparação às eleições anteriores.

“Estou muito satisfeita, porque tivemos uma campanha bonita, eu, como presidente, que peguei a direção do partido dos trabalhadores e das trabalhadoras no momento de muita dificuldade que foi 2017, no meio do impeachment da presidenta Dilma, um golpe instalado e a eleição de 2016 no meio desse golpe tinha tido, um baque muito grande na nossa militância”.

“A  redução da nossa  bancada nas câmaras municipais e nas prefeituras e a gente fazer uma campanha de reconstrução e de fortalecimento do PT em todo o estado de Goiás, saindo de 98 diretórios e estar presente em 220 cidades e hoje poder cumprir o objetivo que nós nos colocamos que era dobrar a nossa representação no Congresso Nacional”, disse.  

“Nós elegemos novamente o deputado federal Rubens Otoni, que vai para o seu sexto mandato, e elegemos também a delegada  Adriana Accorsi que vai contribuir também na defesa de Goiás e nas políticas públicas do governo federal e conseguimos ampliar a nossa representação na Assembleia Legislativa”, relembrou.  

“Tínhamos dois deputados estaduais, vamos ter três com a possibilidade de um quarto, porque tem uma questão jurídica, que está em curso pela quarta vaga, então eu me sinto muito realizada como uma presidenta que coordenou todo esse processo de reconstrução, de fortalecimento da organização do partido dos trabalhadores e trabalhadoras e eu tenho certeza, estou convencida, que daqui a pouco vamos poder comemorar”, projetou.

“O presidente Lula vai estar mais uma vez, no comando do nosso país, fazendo com que, a vida do povo volte a ter dignidade, o povo brasileiro possa voltar a ser feliz de novo então,  eu olho para trás comparando aí de 2017, para cá 2016,  o golpe da presidenta Dilma até o dia de hoje eu me sinto realizada e com o sentimento de dever cumprido por ter atravessado o momento mais difícil da história do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras e conseguirmos num curto espaço de tempo reverter toda essa situação”. destacou.

Kátia Maria ainda destacou será a relação entre as gestões de Ronaldo Caiado (DEM) e Lula, caso o petista seja eleito presidente da república.

“Fizemos no primeiro governo do presidente Lula e não vai ser diferente, um governo voltado para as pessoas, então indiferente de sigla partidária dos governadores, o presidente Lula já tem sinalizado, é uma das propostas nossas de campanha, que a primeira ação que ele vai fazer é chamar os governadores, prefeitos das capitais para que a gente possa fazer a boa política, dialogada, calculando, os principais problemas que o Brasil tem”.  

“Que juntos, a gente possa tirar Goiás e o Brasil desse momento muito difícil que estamos vivendo, nós estamos falando de um milhão e setecentas mil pessoas no mapa da fome em Goiás e o Lula tem esse compromisso, então indiferente de quem é o governador , indiferente de quem ele trabalhou, nós queremos ajudar é o povo goiano e vamos trabalhar muito para isso”, finalizou.

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