A diretoria do Vila Nova anunciou ontem(14), a contratação do lateral direito Celsinho, de 32 anos. O jogador defendeu o Grêmio Novorizontino no Campeonato Paulista dessa temporada e nos últimos três anos, vestiu a camisa do CSA-AL. O vice presidente Leandro Bittar atendeu a reportagem do Sistema Sagres de Comunicação e explicou a contratação do atleta e também, se foi um pedido do técnico Bolívar.

“Em relação a essa contratação do Celsinho, a gente vê como uma oportunidade no mercado. Um jogador que estava disputando a Série A no ano passado, teve dois acessos com o CSA-AL, é experiente. A gente está atento ao mercado e essas contratações, a partir do momento que a gente tem a condição de fazer, são importantes. Não foi uma solicitação do Bolívar, temos em todo o elenco as opções necessárias pra oferecer a ele. O Celsinho vem pra um setor que a gente tem utilizado bastante né, que são as laterais e com certeza vai contribuir e muito, pra gente conquistar nosso objetivo”.

Com a chegada da nova peça, o elenco colorado fica com três laterais à disposição de Bolívar, além de Celsinho, Jonh Lennon, que vem sendo titular e Ramón Coronel que sequer tem sido relacionado na Série C. Nas oportunidades em que o lateral titular foi substituído, a escolha de Bolívar foi o volante Pedro Bambu, que também atua como lateral. E Mesmo com o não aproveitamento de Coronel, Leandro Bittar esclareceu que a diretoria não tem intenção de fazer dispensas no momento.

“Sobre dispensa, não é nossa intenção, até porque a gente está disputando um campeonato atípico. Sabemos que a qualquer momento podemos perder jogador por conta de COVID-19, então precisamos ter opções. Sobre optar pelo Bambu ou Coronel, isso é uma questão do treinador, assim como o Caíque. Muitas vezes temos uma limitação pra fazer essas viagens e na convocação, eles procuram levar o jogador que tem essa polivalência. O Bambu tem essa facilidade de jogar na lateral ou no meio, então é uma opção mesmo do próprio treinador. O Coronel tem qualidade, a gente já viu isso no Campeonato Goiano, bate muito bem na bola e é mais uma opção que a gente ganha”, destacou o dirigente.

O atacante Caíque não foi convocado para os dois últimos jogos fora de casa que o Vila Nova fez e isso, chamou a atenção de parte da torcida e também da imprensa. Quando esteve em campo, Caíque sofreu pênalti na vitória diante do Paysandu e na oportunidade, o atacante Henan cobrou e fez seu primeiro gol com a camisa colorada. Diante do Ferroviário, o jovem atacante também esteve em campo, voltou a sofrer penalidade máxima, porém não marcada pela arbitragem na ocasião.

Recentemente o presidente executivo Hugo Jorge Bravo concedeu uma entrevista e destacou que o Vila Nova precisa ser um clube de negócios, ou seja, vender atletas. Na oportunidade, o mandatário colorado citou o exemplo do Grêmio Anápolis e disse que é algo que precisa ser feito no Vila Nova. Leandro Bittar concorda com esse discurso, e ao mesmo tempo, considera natural que nem sempre o jovem atacante colorado seja convocado.

“Eu vejo com muita naturalidade, o Caíque tem muito potencial, a gente sabe disso, mas temos várias opções ali e o técnico tem autonomia pra escalar o time do jeito que ele melhor entender. O nosso objetivo principal é o acesso. A gente quer fazer negócios, o clube está aberto e tem procurado fazer negociações, mas o nosso objetivo principal é o acesso. O Bolívar sabe o que é melhor pro esquema de jogo, o que ele pensa, trabalha durante a semana e eu vejo com naturalidade. O Caíque é um menino muito bom, tem a cabeça boa, tem muita força, qualidade e tenho certeza que ainda vai brilhar muito com nossa camisa”, ressalta Bittar.

O dirigente fez questão de sair em defesa das escolhas do técnico Bolívar e enfatizar a cautela ao lançar jovens jogadores, para que não sejam cobrados excessivamente e acabem se “queimando”, como já aconteceu em ocasiões passadas.

“Eu vejo que tem torcedor cobrando e a imprensa questionando, mas eu particularmente entendo a posição do Bolívar e vejo que a gente queimou demais os jogadores da nossa base. Temos que ter calma e cuidado pra que a gente não queime essas possíveis joias que temos no elenco. Até o ano passado mesmo, o Ramon que veio da base do Internacional fez seu primeiro jogo profissional com 23 anos se não me engano e com a camisa do Vila. Eles tem muito cuidado, trabalham bem a base e precisamos também ter esse cuidado”, avalia Leandro Bittar.

O principal objetivo do Vila Nova é voltar para a Série B e a diretoria vem destacando isso desde o início da temporada. E finalizando o assunto sobre o aproveitamento ou não, do atacante Caíque, Leandro Bittar ressalta os riscos de colocar essa responsabilidade em jogadores recém chegados das categorias de base.

“De repente a gente joga um jovem no time profissional e sabemos que a pressão é grande, principalmente nesse momento em que temos que dar essa resposta pro torcedor, essa volta pra Série B. Precisamos ter cuidado pra acabar não queimando esses meninos, então um pouco mais de paciência. Na minha opinião precisamos cuidar melhor desses meninos pois a pressão em cima deles é muito grande”.

Até o momento o Vila Nova disputou seis jogos pela Série C e conquistou nove pontos. Foram duas vitórias em casa, mantendo os cem por cento de aproveitamento sob seus domínios, uma derrota em Fortaleza para o Ferroviário e três empates, também fora de casa. Questionado sobre o desempenho do time colorado na competição, Leandro Bittar revelou estar satisfeito.

“Considero um desempenho bom, até pelo campeonato ser muito disputado, vejo muito equilíbrio e sabemos que vai ser assim até o fim da fase de classificação. Não só os times tradicionais, mas até a Jacuipense – BA, que tem feito uma campanha interessante e acredito que o Vila tem muito a crescer”, destacou.

Ao todo foram 36 contratações na temporada, contando com o recém anunciado Celsinho. Alguns jogadores foram liberados quando houve a parada do Campeonato Goiano por conta da pandemia do COVID-19 e o elenco foi se ajustando entre saídas e chegadas. Bittar entende que os jogadores estão bem e que o time ainda vai melhorar no decorrer da competição.

“Temos um time novo, mudou bastante e conseguimos agora, ter uma sequência na nossa linha de defesa. Temos o Alan Mineiro que está retomando sua melhor condição, o Henan também, apesar de ter jogado as últimas partidas, mas estava parado. Acho que temos muito a evoluir na questão do entrosamento, a equipe já tem uma consciência do padrão de jogo que o Bolívar quer, e é isso. Precisamos vencer os próximos jogos em casa, pra fazer valer os empates fora e pra que possamos ter uma tranquilidade na virada dos mandos de campo”.

Sobre novas contratações para a disputa da Série C, Leandro Bittar avalia que irá depender de situações atípicas que levem a diretoria a isso, ou até mesmo, algo pontual, como foi considerada a contratação do lateral direito Celsinho.

“Temos muitas opções no elenco, jogadores polivalentes, então vejo um elenco qualificado. Lógico que a gente pode ter no meio do caminho, algum tipo de contratempo, lesão ou algum outro problema, não é o que a gente espera, e aí tenhamos que buscar alguém, além dessa questão pontual. Eu vejo que o mercado a toda hora pode oferecer algo que seja interessante, assim como o Celsinho, que consideramos importante para qualificar ainda mais o elenco. Se aparecer algo assim, vamos tentar viabilizar isso, mas sem fazer loucura, sem desespero. O elenco é um dos melhores da Série C. Considero forte, experiente, bem mesclado e tem tudo pra conseguir nosso objetivo”, finalizou Leandro Bittar.