Ana Rita de Castro (à esquerda), Isaura Lemos e Wandir Allan de Oliveira (Fotos: Sagres on)

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A Lei nº 9.504 de 1997 estabelece as normas para as eleições e prevê que o partido ou coligação deve preencher, nas eleições proporcionais, o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.

No entanto, para cumprir a regra de 30% de candidaturas femininas, alguns partidos têm registrado, propositalmente, mulheres que não recebem votos e não têm interesse em se candidatar. São as chamadas candidaturas laranjas.

Para a professora universitária e defensora dos direitos femininos, Ana Rita de Castro, a reforma política é o instrumento mais eficaz para coibir esse tipo de prática irregular.

“Eu presido atualmente o Conselho Estadual da Mulher e nós estamos muito preocupados com a exclusão da mulher da política. É uma exclusão a medida em que condições efetivas de participação não são garantidas para as mulheres. Nós temos quatro estados da federação que não têm nenhuma mulher no parlamento”, avalia.

Já a deputada estadual por Goiás, Isaura Lemos (PC do B), avalia que o aumento da participação feminina na política depende também do incentivo à formação de novas lideranças.

“As mulheres estão desestimuladas. É preciso que as mulheres estejam preocupadas com a formação de novos quadros, novas lideranças, essa juventude que vem ai para poder assumir essa lutar com uma garra de realmente chegarmos a ter 50% da Assembleia Legislativa sendo constituída por mulheres. Nós temos apenas 4 mulheres hoje, de 41 cadeiras (parlamento estadual)”, assinala.

Para o presidente da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral, Wandir Allan de Oliveira, muitas mulheres não participam da política porque não percebem na política um instrumento efetivo de transformação da realidade.

“Me parece que muitas mulheres são engajadas mas não se envolvem na política partidária. Elas se envolvem em movimentos sociais, em Ongs, se envolvem de outra forma. Me parece que a mulher não está percebendo na política um meio efetivo de transformação da realidade”, analisa.