O assunto Celg foi mais uma vez alvo de polêmica na Assembleia Legislativa. Desta vez, o debate gira em torno do acordo entre a Companhia goiana e a Eletrobrás. A oposição exige transparência na aprovação dos projetos de Lei enviados pelo Governador Marconi Perillo.

O primeiro projeto solicita a autorização para o empréstimo de mais de R$ 3,5 bilhões, retirado junto à Caixa Econômica Federal. O segundo projeto de Lei estabelece o perdão de juros e multas do ICMS que a Celg deve ao Estado.

Caso a Lei seja aprovada, cerca de R$ 300 milhões serão reduzidos, da dívida que corresponde a R$ 1,2 bilhão. O Deputado Estadual, Luís César Bueno (PT) ressalta que algumas dúvidas ainda precisam ser esclarecidas.

“Qual é o cronograma de desembolso deste recurso? Queremos ter a segurança que os prefeitos vão receber o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), que os fornecedores da Celg serão pagos, e que a Eletrobrás também terá a sua compensação orçamentária”, declara.

O Petista apontou também dúvidas, que, para ele, ainda não foram esclarecidas no projeto, como a maneira que será feita o processo de gestão da empresa, e como vai ficar a composição acionária.

O Líder do governo na Casa, o Deputado Estadual Helder Valin (PSDB), afirmou que será realizada no próximo dia sete de dezembro uma Audiência Pública para debater o acordo.

Estarão presentes os presidentes da Celg, José Eliton Júnior, e da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto. Em tom irônico, Helder Valin, ainda ressaltou que todo o processo já esta sendo realizado de forma “transparente”.

“A maior transparência que poderia ter ser feita até então é praticamente as reuniões do governo federal e estadual serem realizados com todos sem roupa, porque não tem como ser mais transparente. A população tem conhecimento da dificuldade do Estado, que a Celg vem atravessando. Buscamos equalizar a situação financeira da Celg”, conclui.

Com informações da repórter Nathália Lima